Avaliação dos benefícios da hidroterapia em recé-nascidos hospitalizados.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Barbosa, Luana Pereira Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
dor
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/164
Resumo: Até a década de 70, acreditava-se que os recém-nascidos não sentiam dor e nem tinham memória dolorosa. Nas últimas duas décadas, esforços vêm sendo realizados no que tange à introdução de conceitos relacionados à humanização e aos cuidados centrados no desenvolvimento neuropsicomotor. À atenção especial a dor e às técnicas que visem diminuí-las pode ser o início para a melhoria da qualidade de vida dos recém-nascidos internados em unidades neonatais. A hidroterapia tem sido utilizada como ferramenta terapêutica há milhares de anos. Ela tem como objetivos promover o relaxamento, melhorar a circulação, restaurar a mobilidade, alongar os músculos, reabilitar, melhorar a coordenação e função motora, além de promover recreação. Este estudo quase experimental teve como objetivo avaliar a influência da hidroterapia em recém-nascidos hospitalizados. Os dados foram coletados em um período de quatro meses consecutivos, por meio de instrumento que abordou os aspectos relacionados ao nascimento, à internação e à frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação de oxigênio, cortisol salivar e escala de dor Neonatal Infant Pain Scale. A população foi composta de todos os recém-nascidos que preenchiam os critérios de inclusão, totalizando dez recémnascidos. Posteriormente, foram submetidos à análise estatística; utilizou-se medidas de tendência central e variabilidade para variáveis quantitativas; na análise inferencial para as medidas de frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de oxigênio, incluiu o teste T-pareado para dois grupos e análise de variância com medidas repetidas para três ou mais grupos. Já na análise inferencial da escala de dor Neonatal Infant Pain Scale e para o cortisol, utilizou-se o teste dos sinais e ANOVA-Friedman para três grupos ou mais. Para múltiplas comparações utilizou o teste de Dunn. A média da saturação dos recém-nascidos antes da hidroterapia era de 94,3% e após a hidroterapia subiu para 97,5%, a frequência cardíaca variou de 144,8 batimentos por minuto para 129,7 batimentos por minuto, a frequência respiratória teve variações de 46,8 incursões respiratórias por minuto para 38,9 incursões respiratórias por minuto, e os valores da escala de dor se mantiveram abaixo de três após a hidroterapia, indicando que logo depois do procedimento, os recém-nascidos não sentiam dor e estavam mais relaxados. Os dados evidenciaram que os níveis de cortisol salivar para a avaliação sem a hidroterapia, aumentaram em média, de 2,9 nmol/L às 7h30min para 4,4 nmol/L às 8 horas. Após os recém-nascidos serem submetidos à hidroterapia, os níveis de cortisol salivar tenderam a diminuir de 4,5 nmol/L para 3,4 nmol/L. Conclui-se que a hidroterapia pode ser sugerida como um método seguro no tratamento da dor em recém-nascidos, e pode ser incorporada como tratamento rotineiro para minimizar a dor aguda em unidades de terapia intensiva e semi-intensiva neonatais.