O ensino de História no ensino médio das escolas Waldorf do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: GARCIA, Henrique Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1372
Resumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de viés fenomenológico, cuja natureza é teórico exploratória e constitui-se num estudo de caso sobre a prática do ensino de História no ensino médio das escolas Waldorf do Brasil, tendo como referência as orientações educacionais de Rudolf Steiner (1861-1925), fundador da Pedagogia Waldorf. A organização deste trabalho se deu a partir do seguinte problema de pesquisa: quais as relações da prática pedagógica dos(as) professores(as) de História do ensino médio das escolas Waldorf do Brasil com o pensamento pedagógico de Rudolf Steiner? Dessa forma, tivemos como objetivo geral investigar a relação entre a prática pedagógica dos(as) professores(as) de História do Ensino Médio das escolas Waldorf do Brasil e o pensamento pedagógico de Rudolf Steiner. Neste sentido, estudamos as considerações de Steiner sobre a História em dois momentos específicos. Verificamos que no início da sua vida, em 1886, quando estava inserido no ambiente acadêmico, ampliou o modo de fazer ciência de Goethe para as ciências humanas e deixou indicações metodológicas sobre a História. Posteriormente, entre 1917 e 1918, depois de já ter constituído sua teoria do conhecimento e sua Antroposofia, Steiner voltou a se relacionar de forma mais intensa com a História. Assim, estudamos a intensificação de suas considerações metodológicas sobre a História em 1917 e sua proposta de abordar a História por uma sintomatologia histórica em 1918. Identificamos, nessas suas considerações, um direcionamento para a autoeducação do(a) pesquisador(a), num diálogo entre sua fenomenologia e questões teóricas do campo da História, tendo em vista seu projeto educacional de formação humana. Depois, tendo como referência o cenário de subjetivações da identidade do(a) docente para o ensino médio, as características históricas do ensino da História, e os avanços teóricos do seu campo de pesquisa, pensamos as decorrências das orientações educacionais de Steiner para o ensino de História na atualidade. Para nos aproximarmos da concepção sobre a prática de ensino dos(as) professores(as) de História das escolas Waldorf, analisamos as perspectivas de ensino de história presentes na base de dados da Federação das Escolas Waldorf do Brasil. Dessa forma, organizamos indicadores teóricos centrais para a construção do material empírico, a partir de entrevistas semiestruturadas com os(as) professores(as) do ensino de história no ensino médio das escolas Waldorf aqui no Brasil e, em seguida, desenvolvemos as entrevistas com estes docentes para a construção dos dados da pesquisa. A partir da análise de conteúdo sobre o material empírico construído, tivemos como resultados a construção de duas categorias de análise: (i) a metamorfose consciencial dos(as) professores(as), a partir do contato com a escola Waldorf, na qual discutimos a virada biográfica na compreensão da própria docência dos(as) entrevistados(as), a partir desse contato; e (ii) a perspectiva de um ensino de história “vivo” e a ênfase docente em “momentos da aula”, na qual analisamos as compreensões dos(as) docentes sobre a tarefa educacional na escola Waldorf.