Modulação da resposta celular e da via de sinalização do IFN-γ pela Glucuronoxilomanana (GXM) de Cryptococcus neoformans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ARAÚJO, Alessandra da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Curso de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas - Parasitologia, Imunologia e Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/394
Resumo: A criptococose é uma micose sistêmica causada por Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, leveduras capsuladas, que acometem principalmente indivíduos imunocomprometidos e imunocompetentes, respectivamente. A infecção ocorre após a inalação de propágulos do microrganismo dispersos no ar, que posteriormente penetram nos pulmões, com tendência para invadir o sistema nervoso central (SNC). A cápsula polissacarídica é o principal fator de virulência desse fungo, composta majoritariamente por glucuronoxilomanana (GXM), componente de superfície mais externo, com grande potencial imunogênico que parece ser fundamental na proteção desses fungos contra as defesas do hospedeiro. Neste trabalho avaliamos os efeitos imunoregulatórios da GXM obtida do C. neoformans sobre a resposta de células polimorfonucleares (PMN) e mononucleares humanas de sangue periférico (PBMC) ao IFN-γ recombinante. No primeiro momento avaliamos o efeito da GXM sobre a produção de CXCL10 após estimulação com IFN-γ no sobrenadante de cultura celular, e em seguida investigamos intracelularmente em PMN e PBMC a produção desta quimiocina através de citometria de fluxo. Os resultados mostraram que a GXM possui capacidade de modular a resposta de PMN e PBMC ao IFN-γ, através da diminuição na produção de CXCL10. Posteriormente, avaliamos a expressão do receptor do IFN-γ (IFN- γR1/CD119) por citometria de fluxo. Os dados obtidos mostram que a GXM modula negativamente a expressão desse receptor. Por fim, monócitos humanos apresentaram redução significativa na fosforilação de STAT1 após pré-tratamento in vitro com GXM. Deste modo, nosso estudo demonstrou que a GXM de C. neoformans interfere na modulação da resposta ao IFN-γ e na sua via de sinalização em PMN e PBMC. Os resultados obtidos no presente estudo auxiliam no entendimento dos mecanismos patogênicos utilizados pelo C. neoformans na evasão do sistema imune, podendo contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para a criptococose.