Papel imunomodulador dos polissacarídeos capsulares glucuronoxilomanana (GXM) e galactoxilomanana (GalXM) de Cryptococcus neorformans na linhagem de macrófagos caninos DH82

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Freitas, Isabel Ferreira La Rocque de lattes
Orientador(a): Lima, Débora Decotè Ricardo de lattes
Banca de defesa: Nimrichter, Leonardo, Nascimento, Danielle de Oliveira, Silva, Lucia Helena Pinto da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11971
Resumo: A criptococose é uma doença infecciosa causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, acometendo animais e o homem. O C. neoformans é um fungo oportunista, portanto os animais e indivíduos imunocomprometidos são os principais alvos da doença, que atinge principalmente o sistema respiratório e o sistema nervoso central. Um dos principais fatores envolvidos na virulência do fungo é a sua cápsula, cujas principais moléculas constituintes são os polissacarídeos glucuronoxilomanana (GXM) e a galactoxilomanana (GalXM). Esses polissacarídeos são imunomoduladores, ajudando o fungo a escapar das ações do sistema imunológico do hospedeiro. Uma das populações de células alvo da modulação por essas moléculas são os macrófagos. Os macrófagos fazem parte da primeira linha de defesa do sistema imunológico, tanto dos animais quanto do homem, sendo uma importante célula do sistema imune inato e de fundamental importância para o estabelecimento da resposta adaptativa. Além do homem, outros animais podem desenvolver a criptococose, dentre eles os cães. Na infecção canina observa-se a ocorrência de quatro síndromes, inclusive da síndrome neurológica observada em humanos. A literatura relata o possível envolvimento dos macrófagos no sucesso da infecção. Nesse contexto, os macrófagos poderiam estar sendo modulados de forma desfavorável quanto a sua atividade microbicida, seja pelo fenômeno de funcionar como “cavalo de Tróia” levando leveduras fagocitadas a locais estratégicos ou mesmo tendo sua maquinaria de ativação comprometida. A escassez de informação na criptococose canina nos levou a avaliar se os polissacarídeos derivados da cápsula de C. neoformans são capazes de modular as atividades microbicidas de macrófagos e, portanto, do sistema imunológico do hospedeiro. Nossos trabalhos com a linhagem de macrófagos caninos DH82 juntamente com os polissacarídeos capsulares mostram que a cápsula do fungo, especialmente devido à GalXM e GXM, tende a suprimir a atividade microbicida/fungicida do macrófago através da inibição de mediadores pró-inflamatórios, como IL-12 e TNF-α, e indução de marcadores supressores, como o fator nuclear PPAR-γ. Junto a esses resultados, observamos a viabilidade de leveduras S. cerevisiae fagocitadas pelas células DH82 na presença de GalXM, GXM e a cápsula bruta de C. neoformans, indicando que este tipo celular poderia ser capaz de migrar a outros sítios dentro de um organismo com criptococose levando o fungo oculto e viável dentro de si, facilitando uma disseminação sistêmica