Utilização e acesso aos serviços de saúde de idosos com síndrome de fragilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Juliana Maciel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/711
Resumo: Objetivou-se descrever as características sociodemográficas e clínicas, o perfil da utilização e acesso aos serviços de saúde por idosos frágeis (F), pré-frágeis (PF) e não frágeis (NF) e identificar os fatores associados a utilização e acesso aos serviços de saúde. Inquérito domiciliar, quantitativo e transversal realizado com 580 idosos da zona urbana do município de Uberaba-MG. Utilizaram-se os instrumentos: Mini Exame do Estado Mental; Formulário para caracterização dos dados sociodemográficos, econômicos e clínicos; Duas seções da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD); Fenótipo de Fragilidade; Índice de Katz; Escala de Lawton e Brody; Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional e Multidimensional (BOMFAQ). Procedeu-se à análise com distribuição de frequências absolutas e percentuais e regressão logística binomial múltipla (p<0,05). Entre os idosos NF, PF e F predominou o sexo feminino e um a quatro anos de estudo; NF com idade entre 60├ 70 anos, enquanto PF e F entre 70├ 80 anos; NF com companheiro e sem entre PF e F; renda de um salário mínimo entre PF e F e um a dois salários mínimos entre NF. Predominaram cinco ou mais doenças entre F, PF e NF, com maior percentual entre F; uso de um a quatro medicamentos de uso contínuo entre NF e PF e cinco ou mais entre F; autopercepção de saúde positiva entre NF e negativa entre PF e F; prevaleceram entre NF, PF e F a dependência parcial em Atividades Instrumentais da Vida Diária, a independência em Atividades Básicas da Vida Diária e nenhum episódio de quedas e hospitalizações nos últimos 12 meses. Em relação ao acesso aos serviços de saúde, predominaram entre NF, PF e F a procura pelo mesmo local de atendimento; a realização de uma a cinco consultas, entretanto observou-se número de consultas superior entre os F; que receberam gratuitamente parte dos medicamentos de uso contínuo e compraram os demais; que realizaram último atendimento odontológico há mais de três anos, não cobertos pelo SUS e plano de saúde. Entre os que utilizaram o serviço de saúde nas duas últimas semanas, o consultório médico particular foi o local mais procurado por NF e F e a unidade de saúde entre os PF. O principal motivo corresponde a atendimentos preventivos entre NF e doença entre PF, enquanto entre os idosos F atendimentos preventivos e doenças. O atendimento com maior percentual entre os idosos nos três grupos foi a consulta médica. Atendimentos realizados através do SUS predominaram entre idosos PF e F. O acesso aos serviços de saúde associou-se ao número de morbidadesentre NF e PF. Associaram-se ao acesso gratuito a medicamentos de uso contínuo entre NF o sexo masculino e entre PF o número de morbidades e autopercepção de saúde negativa. Estes resultados permitem compreender o comportamento dos idosos NF, PF e F na busca por serviços de saúde e contribuir para ações de saúde direcionadas às especificidades desta população.