Biomassa seca como combustível para incêndios em áreas cultivadas com cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L. officinarum L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SOUZA, Anderson Passos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1746
Resumo: O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e no estado de Minas Gerais seu cultivopossui prognóstico de expansão. Os incêndios em vegetação dão causa a desastres ao redor domundo, significando danos à saúde e ao meio ambiente, além de prejuízos econômicos e sociais.Em Minas Gerais há recorrência desses eventos nos meses de julho a setembro. A pesquisa buscoucaracterizar os combustíveis da palhada pós-colheita em lavoura de cana-de-açúcar após o primeiroe o segundo cortes/colheitas. O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar a carga potencialde incêndio da palha residual das áreas cultivadas com cana-de-açúcar. As áreas de estudolocalizam-se nos municípios de Uberaba e Conquista em áreas comerciais de produção da cana-de-açúcar. Para amostragem foram selecionados seis talhões sem registro de chamas desde o plantio.Em cada um deles colheu-se dez amostras com uso de gabarito de 1m2. Utilizou-se um aferidorpara classificar os combustíveis segundo as faixas de diâmetro, sendo combustível fino aquele de 0a 0,70 cm de diâmetro, que corresponde a 1h de timelag de incêndio; e combustível grosso medindode 0,71 a 2,5 cm, correspondente a 10h de timelag. Após pesagem, uma sub-amostra de cerca de200g da palhada foi separada e secada para cálculo da umidade percentual do combustível. Aanálise dos resultados foi feita por estatísticas descritivas e distribuição em boxplot. A média dosvalores dos combustíveis grossos (246,50g) e os finos (269,53g) possuem maior uniformidadeentre si no primeiro corte, mas esta média se distancia no segundo corte (finos 2.130,20g e grossos96,60g). A palhada de primeiro corte apresentou uma umidade média de 21,5%, desvio padrão de6,45% e 75% dos dados mostram-se com umidade abaixo de 25%, isto coloca estes combustíveisabaixo da umidade de extinção de 30%, segundo a literatura específica, o que os torna disponíveispara queima. Assim, conclui-se que a palhada de canaviais é um tipo de combustívelpredominantemente fino e morto, disponível para queima durante um incêndio florestal, queimadaou queima prescrita. A palhada pós primeiro corte, possui 2,70 T∙ha-1 de combustíveis finos, o querepresenta 52,23% do total de combustíveis e 43.124,8 MJ/ha de carga-incêndio. Quandoremanescente de segundo corte, são 21,3 T∙ha-1 de combustíveis finos, o que perfaz 96,6% do totalde combustíveis depositados no solo, representando 340.832 MJ/ha.