Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ferres, Lucas [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70303
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Resumo: |
Introdução: A depressão é uma patologia multifatorial caracterizada por alterações comportamentais como a anedonia, capaz de alterar a qualidade de vida do indivíduo. O quadro depressivo provoca alterações neurobiológicas e estruturais no hipocampo e na amígdala, levando a alterações na expressão de fatores de transcrição e neurotrofinas, como a proteína de ligação ao elemento de resposta ao cAMP (CREB). É conhecida a influência de metabólitos presentes na microbiota intestinal humana, como o N-óxido de trimetilamina (TMAO), na saúde neural. Considerando que a doença renal crônica (DRC) está associada a maior prevalência e gravidade de depressão, estudar os efeitos neurológicos do TMAO pode melhorar a qualidade de vida, uma vez que pacientes com DRC apresentam maior acúmulo de TMAO. Objetivo: Avaliar o efeito do N-óxido de trimetilamina (TMAO) sobre a depressão e a ansiedade em um modelo de estresse crônico. Métodos: Ratos Wistar machos foram alocados aleatoriamente em 4 grupos: Controle (CTL); CTL + TMAO; Estresse Crônico Leve (EMC); CMS + TMAO. Os grupos “TMAO” receberam o medicamento diluído em água. Para induzir mudanças nos comportamentos relacionados à ansiedade e à depressão, o modelo de estresse crônico leve (CMS) foi utilizado durante 6 semanas. Após a conclusão do protocolo, os animais foram submetidos a testes comportamentais e posteriormente eutanasiados. Seus cérebros foram coletados para análise imuno-histoquímica no hipocampo e na amígdala para avaliar a expressão de CREB. Resultados: Resumidamente, o estresse crônico por 6 semanas foi capaz de favorecer alterações comportamentais relacionadas à ansiedade e depressão. Também verificamos que a suplementação de TMAO durante esse período foi capaz de favorecer mudanças comportamentais relacionadas à ansiedade, mas não à depressão. Além disso, observamos que o TMAO reduziu as concentrações de CREB na região CA1 do hipocampo e no núcleo lateral da amígdala. Conclusão: Protocolos de 6 semanas de estresse crônico parecem ser suficientes para induzir algumas mudanças comportamentais nos animais, assim como a suplementação de TMAO. Nossos resultados demonstram o potencial do TMAO na redução da expressão de CREB, abrindo uma discussão sobre a influência em patologias neurológicas. |