Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Nícolas Neves dos [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/62179
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Resumo: |
O colapso econômico, social e sanitário da Venezuela continua a impactar famílias que foram separadas por um dos maiores deslocamentos humanos na história recente da América Latina. O Brasil, destino de centenas de milhares de migrantes transnacionais do país vizinho, distribuídos atualmente por quase todo seu território e tendo a fronteira amazônica como seu principal entrocamento, é ponto de trânsito de várias redes informais de trocas que visam apoiar familiares que ficaram. A partir da observação da importância de redes pessoais para famílias transnacionais na condução e reorganização de seus cotidianos e na superação das condições de vida afetadas pela migração e pela persistente crise de desabastecimento, sobretudo de insumos e serviços médicos, propõe-se reconstruir, a partir de uma perspectiva qualitativa, redes transnacionais de manuntenção de saúde e envio de medicamento em famílias venezuelanas no Brasil. Para tanto, foram entrevistados sete migrantes venezuelanos que vivem no Brasil e auxiliam familiares em seu país de origem. Os roteiros das entrevistas semi-estruturadas foram compostos de forma a responder às perguntas “Quem?”, “O quê?” e “Como?”. Os interlocutores foram escolhidos de acordo com a posição privilegiada que possuíam, dentro de suas redes, de mobilizar recursos e pessoas para garantir seus objetivos finais. A redes foram reconstituídas a partir de uma perspectiva egocentrada e delas foram extraídos os temas pertinentes. Observou que as redes são construídas e reconstruídas de acordo com o andamento da crise econômica e social da Venezuela, bem como da distribuição desigual de meios materiais dentro da família e da reprodução de hierarquias de gênero. Observou também que diferentes técnicas de envio de medicamentos e de remessas são empregados na medida em que a política econômica, migratória, fronteiriça e sanitária da Venezuela e do Brasil se alteram. |