Cognição e audição: estudo em idosos novos usuários de próteses auditivas não lineares com diferentes tempos de recuperação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ghiringhelli, Rosangela [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22578
Resumo: Objetivo: Verificar e comparar o desempenho de idosos com e sem alteracao cognitiva novos usuarios de proteses auditivas nao lineares com dois diferentes tempos de recuperacao acima de 320 milissegundos. Metodo: Foram selecionados nos anos de 2011 e 2012, 61 idosos sendo 29 do genero masculino e 32 do feminino, com idades variando de 60 a 80 anos, no Nucleo Integrado de Assistencia, Pesquisa e Ensino em Audicao da UNIFESP/EPM. O Protocolo de (re)avaliacao foi aplicado antes, quatro e oito meses apos a adaptacao de proteses auditivas do mesmo modelo e fabricante. Este Protocolo constou de avaliacao quanto aos aspectos nao auditivos associados a perda de audicao: processos cognitivos, por meio do teste AlzheimerÆs Disease Assessment Scale u cognitive subscale (ADAS_Cog); sintomas depressivos, pela escala de depressao geriatrica (EDG) e quanto aos aspectos auditivos: restricao de participacao em atividades, por meio do oHearing Handicap Inventory for the Elderlyo (HHIE). A pesquisa da relacao sinal/ruido onde reconhecem 50% das sentencas foi usada para avaliar o desempenho auditivo. Com base no escore obtido na avaliacao do teste ADAS-Cog os idosos foram alocados em dois grupos: G1 com 30 participantes sem comprometimento cognitivo e G2 com 31 com resultados sugestivos de alteracao cognitiva. Cada um destes grupos foi dividido em dois: metade com proteses auditivas com tempo de recuperacao mais rapido (R) e metade com tempo de recuperacao lento (L). A definicao do tempo de recuperacao para o primeiro participante foi definida por sorteio como sendo tempo mais rapido, o seguinte como sendo tempo lento e assim sucessivamente, intercalando-os, ate completar o numero total de participantes da amostra desta pesquisa. Apos a reavaliacao, em quatro meses de uso dos dispositivos eletronicos, os participantes dos grupos formados inicialmente pelos usuarios de proteses auditivas com tempo de recuperacao mais rapido tiveram suas proteses auditivas reprogramadas com tempo de recuperacao lento e os idosos participantes dos grupos formados inicialmente pelos usuarios de proteses auditivas com tempo de recuperacao lento tiveram suas proteses auditivas reprogramadas com tempo de recuperacao mais rapido. Assim, a denominacao dos grupos permaneceu a mesma durante todo estudo; por exemplo, o grupo G1R/L utilizou tempo mais rapido nos primeiros quatro meses e tempo lento nos quatro meses seguintes, justificando-se assim a denominacao dos grupos como se segue: G1R/L, G1L/R, G2R/L e G2L/R. Os dados foram analisados por meio dos testes Analise de Variancia (ANOVA), Kruskal-Wallis, Analise nao parametrica de dados ordinais com medidas repetidas, Comparacoes multiplas de Bonferroni, Qui-quadrado e teste para proporcao. Foi adotado nivel de significancia menor que 0,05. Resultados: Os quatro grupos de idosos avaliados apresentaram melhora significante quanto a restricao de participacao e relacao sinal/ruido apos oito meses de uso da amplificacao independentemente do tempo de recuperacao pre-estabelecido. Com relacao ao ADAS-Cog, que foi utilizado para compor os grupos de estudo, verificou-se que apos oito meses os grupos G2R/L e G2L/R apresentaram diferenca estatisticamente significante (p<0,001) evidenciando a melhora dos resultados sugestivos de alteracao cognitiva. Conclusao: Todos os idosos participantes apresentaram beneficio com o uso de proteses auditivas nao lineares independentemente do status cognitivo. Nao ha diferenca entre o desempenho de idosos com e sem alteracao cognitiva para tempos de compressao maiores ou igual a 320ms