Doença pulmonar obstrutiva crônica e desfechos clínicos em pacientes pré-diabéticos com alto risco cardiovascular
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2457091 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46482 |
Resumo: | Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica se associa a importantes alterações sistêmicas que aumentam a morbimortalidade de pacientes portadores desta doença. Objetivos: Avaliar a frequência de pacientes com diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica numa população de pré-diabéticos com alto risco cardiovascular, as características destes pacientes e a associação entre esta pneumopatia e o risco de eventos clínicos. Métodos: Foram avaliados os dados de 9.306 pacientes com intolerância à glicose e doença cardiovascular estabelecida e/ou fatores de risco cardiovascular incluídos no ensaio clínico NAVIGATOR (Nateglinide and Valsartan in Impaired Glucose Tolerance Outcomes Research). Os seguintes desfechos foram analisados nos grupos com ou sem doença pulmonar obstrutiva crônica: morte por causa cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal e acidente vascular encefálico não fatal (desfecho composto central); estes três desfechos em conjunto com hospitalização por insuficiência cardíaca, revascularização miocárdica ou por angina instável (desfecho composto estendido); hospitalização por insuficiência cardíaca isoladamente; e também foi analisado desenvolvimento de diabetes mellitus. Modelos de regressão de risco proporcional de Cox foram usados para se avaliar a relação entre pneumopatia obstrutiva crônica e os desfechos clínicos citados, ajustando-se para importantes características basais dos pacientes. Resultados: Da população inicial do estudo, 451 (4,8%) tinham o diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica. Em geral, esses pacientes tinham idade mais avançada e maior comorbidade do que aqueles sem pneumopatia. Durante cinco anos de seguimento, os pacientes com diagnóstico de pneumopatia obstrutiva, quando comparados ao grupo sem doença pulmonar, tiveram maiores taxas de ?desfecho cardiovascular estendido? (27,1% vs. 12,3%; P<0,0001), do ?desfecho composto central? (14,0% vs. 5,5%; P<0,0001), e também maiores taxas de hospitalização por insuficiência cardíaca (7,1% vs. 1,5%; P<0,0001). Após ajuste, os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica permaneceram apresentando um risco significativamente maior para o desfecho cardiovascular estendido (HR 1,28, IC 95% 1,1-1,5; P=0,013), para eventos cardiovasculares maiores (HR 1,44, IC 95% 1,1-1,9; P=0,008); e também maiores taxas de hospitalização por insuficiência cardíaca (HR 2,1, IC 95% 1,4-3,1; P=0,0002). O desenvolvimento de diabetes mellitus foi similar em ambos os grupos (39,3% vs. 34,8%; P=0,09), mesmo após ajuste (HR ajustado 1,10, IC 95% 0,94-1,30; P=0,23). Conclusão: Em pacientes pré-diabéticos e sob alto risco cardiovascular, a presença de doença pulmonar obstrutiva crônica esteve associada de maneira independente a eventos cardiovasculares, mas não para o desenvolvimento de diabetes mellitus. |