Pequenos nódulos vistos na radiografia torácica digital: podemos predizer benignidade?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Missrie, Israel [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67299
Resumo: Objetivo: Determinar a porcentagem dos pequenos nódulos pulmonares identificados na radiografia torácica digital (RTD) que correspondem a nódulos calcificados ou achados falso positivos através da tomografia computadorizada (TC) e avaliar o desempenho da RTD comparada à TC quanto à caracterização de calcificação nos nódulos identificados em ambos os exames. Métodos: Foram avaliados 227 pacientes que realizaram suas RTD e TC do tórax com intervalo inferior a 6 meses entre os exames e que tiveram pelo menos um nódulo detectado na radiografia. As imagens foram examinadas por um integrante de um grupo de nove radiologistas torácicos, que avaliaram a primeiramente as RTD em relação à presença, dimensões, calcificação e a confiança (alta ou baixa) do achado de nódulo pulmonar. Depois de avaliar a RTD, o mesmo radiologista avaliou as imagens da TC quanto à presença de nódulos, dimensões e calcificação. O padrão de calcificação foi caracterizado como benigno (difuso, central, “em pipoca” ou laminado) ou indeterminado (excêntrica, puntiforme). Quando o nódulo não estava presente na TC, o leitor considerou o caso como falso positivo (FP) e então apresentou sua opinião quanto a causa do achado na RTD (lesão cutânea, alteração óssea, imagem vascular, etc). Resultados: Em 207 indivíduos foram identificados 213 nódulos na RTD, dos quais 32,4% não apresentaram correspondência na TC, sendo considerados falsos-positivos (FP). As causas mais frequentes para os FP foram imagens formadas por vasos pulmonares (53,6%), alterações ósseas (30,4%), e lesões cutâneas (13%). Dentre os nódulos menores que 6 mm detectados através das RTD, 89 de 133 (66,9%) apresentavam calcificação benigna na TC. Tal porcentagem foi menor nos nódulos maiores ou iguais a 6 mm, dos quais apenas 33 de 80 (41,2 %) tinham calcificação à TC. Dentre todos os nódulos menores que 6 mm detectados na RTD, 94,7% ou estavam calcificados ou não foram confirmados na TC em comparação com 81,2% para aqueles maiores ou iguais a 6 mm (p <0,001). Conclusão: O presente estudo demonstrou que quase a totalidade (94,7%) dos nódulos pulmonares menores que 6 mm identificados na RTD representam achado benigno ou falso-positivo na TC, questionando a necessidade da investigação adicional deste achado radiográfico.