Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Maíra Oshiro dos [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71396
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Resumo: |
Introdução: a incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária de urina. Os subtipos mais descritos na literatura são: incontinência urinária por esforço (IUE), que é a perda de urina decorrente de esforço físico, tosse, espirro; a incontinência urinária de urgência (IUU), que é perda de urina precedida por uma urgência miccional; e a incontinência urinária mista (IUM), que é aquela que ocorre tanto por esforço como por urgência miccional. A IU tem um importante impacto na qualidade de vida (QV) das mulheres, à medida que perder urina altera, negativamente, a rotina das portadoras desta condição. É consenso que a perda de urina pode ser prejudicial à autoestima, pois é causa de isolamento social, e que afeta essas mulheres psicologicamente, socialmente, fisicamente, economicamente, sexualmente e em suas relações interpessoais. Objetivo: avaliar o impacto da IU sobre a QV de mulheres com diferentes subtipos de IU. Material: estudo de caso-controle, oriundo de um banco de dados. Foram avaliadas 442 mulheres com IU e 137 mulheres sem IU. Através da utilização de métodos diagnósticos diferentes, as mulheres com IU foram divididas em dois subgrupos: questionários de autorrelatos e experiência da equipe médica. Os questionários (autorrelatos) utilizados para classificar o subtipo de IU e o grau de severidade foram o OAB-q (Questionnaire Overactive Bladder) e o ICIQ-SF (Incontinence Questionnarie - Short Form). O instrumento utilizado para avaliar a qualidade de vida foi o World Health Organization Quality of Life Abbreviated (WHOQOL-bref), dividido em quatro domínios e mais duas questões de QV geral. Associou-se o teste do absorvente de uma hora com o objetivo de avaliar o grau de severidade da IU. Resultados: no diagnóstico dos questionários, as médias do WHOQOL-bref no domínio físico foram 55,1 para IUU e 57,6 para IUM, médias inferiores às das pacientes diagnosticadas com IUE (65,3) e o grupo controle 66 (p< 0,001). Achado semelhante ao domínio psicológico, no qual o grupo controle 68,4 e IUE 65,7 foram superiores a IUM 60,3 (p<0,001). No diagnóstico médico, o domínio físico foi 66 no grupo controle e 60,7 para IUE, médias superiores a IUU 53 e IUM 58,1 (p<0,001). Em relação aos outros domínios, o grupo controle foi superior nos dois métodos diagnósticos. Não foi possível identificar, neste estudo, a correlação entre a severidade da IU com a piora da QV. Conclusão: mulheres com IU tem impacto significativo sobre a QV independentemente da severidade. As mulheres com IUU e IUM parecem apresentar maior impacto na QV, do que mulheres com IUE. |