Crianças com distrofia muscular na educação infantil: experiências e desafios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Fabiana Aparecida de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65696
Resumo: Esta pesquisa situa-se no campo dos estudos sobre a inclusão de crianças com deficiência e doença crônica na educação infantil. Nesse sentido, almeja identificar e compreender desafios e experiências relacionados à presença de crianças com distrofia muscular congênita nessa etapa na educação básica. Assume, para tanto, como referencial teórico-metodológico, a psicologia histórico-cultural, com destaque para as contribuições de Vigotski centradas, sobretudo, na gênese social do desenvolvimento humano, no papel dos contextos educacionais e das interações estabelecidas em seu interior como fonte privilegiada para a promoção de aprendizagem e desenvolvimento de todas as crianças. A pesquisa contempla uma revisão da literatura nacional sobre a temática distrofia muscular, empreendida tanto na esfera da saúde, buscando colocar em evidência suas principais características e sintomas, bem como no campo da educação, revelando um cenário de escassa produção sobre esse assunto. Em seu cerne, conta com uma imersão em campo, mais precisamente em uma escola pública situada na cidade de Guarulhos, centrada em observação participante junto a um grupo do Estágio II, onde está matriculada uma criança de 5 anos com distrofia muscular congênita e deficiência física. A análise dos dados selecionados aponta para a ausência de investigações sobre crianças com distrofia muscular na educação infantil, pontua, como desafios, a partir da imersão em campo, a ausência de recursos de acessibilidade que permitam que a criança usufrua plenamente de todos os ambientes escolares, colocando em evidência o contexto de precariedade em que as crianças público-alvo da educação especial são recebidas na educação infantil. No campo das experiências, ao analisar as relações, interações e mediações ali estabelecidas, nas quais assumimos uma dimensão partícipe, destacam-se o papel do professor como agente organizador daquele meio e central para a ampliação efetiva das possibilidades de participação dessas crianças, aspectos que coadunam com a potencialização e emergência de sua aprendizagem e desenvolvimento. A investigação aponta, também, para a necessidade de políticas públicas que oportunizem condições concretas de acessibilidade, bem como possibilitem a ampliação da formação inicial e continuada de educadores em um perspectiva de educação inclusiva.