Qualidade de vida de crianças com distrofia muscular progressiva tipo Duchenne

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Melo, Egmar Longo Araujo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/69802
Resumo: A Distrofia Muscular Progressiva do tipo Duchenne é uma doença genética que acomete indivíduos do sexo masculino, caracterizada por fraqueza muscular progressiva que leva à perda da marcha entre os 8-12 anos de idade e ao óbito geralmente no final da adolescência. As limitações ocasionadas pela doença têm sido relatadas como fatores que podem prejudicar a qualidade de vida (QV) desses pacientes. Este estudo teve por objetivo geral avaliar a QV percebida em crianças com DMD. Como objetivos específicos foram incluídos estabelecer a concordância entre as crianças e seus cuidadores; identificar os domínios mais relevantes da QV das crianças na ótica das mesmas e de seus cuidadores; averiguar a influência da escola e da mobilidade na QV. Participaram desta pesquisa 14 crianças com diagnóstico de DMD em acompanhamento no Centro de Reabilitação Sarah Fortaleza, idade média de 9,9 anos, assim como seu principal cuidador, no período de agosto a outubro de 2005. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, utilizando-se de ferramentas qualitativas de avaliação. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: questionário AUQEI, AUQEI qualitativo e a Técnica Projetiva dos Três Desejos, que possibilitaram posteriormente a triangulação dos dados. O referencial teórico e o enfoque de pluralismo metodológico na abordagem do constructo QV foram úteis para o alcance dos objetivos, demonstrando a importância de também utilizar instrumentos qualitativos para explorar a subjetividade da criança e para seu empoderamento enquanto sujeito. Os resultados evidenciaram boa qualidade de vida das crianças com DMD, concordância entre as crianças e seus cuidadores, a qual foi maior em relação aos motivos que produzem felicidade. Os domínios mais representativos foram função, família e lazer. A escola mostrou ter influência positiva na QV das crianças. Diferentemente do andar, que não teve relação com a QV, as crianças demonstraram desejo de uma mobilidade independente, mesmo utilizando cadeira de rodas. Estes achados possibilitaram conhecer a percepção de QV de um grupo de crianças com uma doença crônica, incapacitante e fatal, o que possibilitará contribuir para o desenvolvimento de atividades que visem a melhorar a QV, respeitando o contexto natural da infância. Recomenda-se que a reabilitação de crianças com DMD esteja baseada em modelos de QV centrados na criança e em ambientes favoráveis à saúde, destacando a importância de atividades que visem aumentar os seus níveis de satisfação, práticas já desenvolvidas na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação.