Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Thiago Pereira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71579
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Resumo: |
Introdução: No Brasil, as doenças cerebrovasculares, que englobam os acidentes vasculares cerebrais (AVC) isquêmicos, são uma importante causa de morbimortalidade. O chamado AVC maligno de artéria cerebral média ocorre quando uma grande quantidade de tecido cerebral, que inclui o território de irrigação da artéria cerebral média, é acometida. O infarto neste território, associado ao edema cerebral secundário à isquemia de grandes territórios cerebrais, leva a uma síndrome caracterizada por início súbito de hemiplegia contralateral ao lado acometido, com desvio conjugado do olhar direcionado ao lado da lesão cerebral. Estes pacientes evoluem, do segundo ao quinto dia, com progressivo rebaixamento do nível de consciência, que resulta em morte cerebral. Nestes casos, a craniectomia descompressiva (CD) pode melhorar o prognóstico. O tamanho da descompressão craniana, que é o pilar do procedimento de craniectomia descompressiva, vem sendo avaliado na literatura através de mensurações que não levam em consideração o formato, relevo tridimensional e o tamanho do crânio do indivíduo em questão. Objetivo: Quantificar de forma mais precisa a área do crânio removida durante a craniectomia descompressiva para tratamento de AVC maligno de artéria cerebral média, e avaliar a correlação desta área com o prognóstico. Métodos: Avaliamos uma série consecutiva de pacientes com AVC maligno de artéria cerebral média submetidos à CD. Descrevemos um método, baseado num programa de computação gráfica aberto, para cálculo preciso da área da craniectomia e consideramos a máxima área do hemicrânio supratentorial para criar o índice de descompressão craniana (IDC). Analisamos a associação do IDC e de outros fatores preditores previamente descritos com o prognóstico. Resultados: Incluímos no estudo 45 pacientes, que foram submetidos à CD para tratamento de AVC maligno de artéria cerebral média, entre 2015 e 2020. Identificamos 3 possíveis preditores: Idade, tempo entre o início dos sintomas e a CD e o IDC. Conclusões: Em nossa série de pacientes com AVC maligno de artéria cerebral média submetidos à craniectomia descompressiva, a relação entre a área da craniectomia e a máxima área teórica do hemicrânio supratentorial (IDC) foi associada ao prognóstico. Outros preditores foram: idade, tempo entre o início dos sintomas e a craniectomia descompressiva. Estudos prospectivos são necessários para confirmar estes achados e avaliar a causalidade entre os preditores descritos e o desfecho. |