Efeito da suplementação de leucina nas vias tróficas e atróficas da musculatura esquelética de ratos submetidos a privação de sono paradoxal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Souza, Helton de Sá [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1315024
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48657
Resumo: Objetivo: Analisar os efeitos da suplementação de leucina nas vias tróficas e atróficas da musculatura esquelética de ratos submetidos à privação de sono paradoxal por 96 horas. Métodos: foram utilizados 46 ratos machos WistarEPM-1 distribuídos em 4 grupos: controle (CTL); suplementado com leucina (LEU); privado de sono paradoxal por 96h (PS); e suplementado com leucina e privado de sono paradoxal por 96h (LEU+PS). A suplementação de leucina foi feita por GAVAGE (1,35g/kg), iniciando-se 3 dias antes do período de privação de sono e mantida até o fim do protocolo. Ao final do protocolo o sangue e músculo gastrocnemius foram coletados para análises de corticosterona, testosterona total, insulina, creatinina e ureia; bem como as proteínas envolvidas na sinalização de síntese (Akt, mTOR, p70S6k e 4E-BP1) além do IGF-1 intramuscular e as proteínas envolvidas na degradação proteica (FoxO3a, proteínas ubiquitinadas, LC3-II, p62/SQSTM1 e a atividade enzimática inicial do proteassomo). Resultados: A suplementação de leucina e a privação de sono não alteraram os níveis de creatinina e ureia circulantes, porém a testosterona total sérica diminuiu em ambos os grupos submetidos à privação de sono (PS e LEU+PS), enquanto a corticosterona esteve elevada nestes mesmos dois grupos. Quanto às sinalizações intramusculares a p-Akt diminuiu em ambos os grupos privados de sono, o IGF-1 foi menor apenas no grupo PS; a p-mTOR, p-p70S6k e p4E-BP1 foram aumentadas nos grupos LEU e LEU+PS, sendo esta última também aumentada no grupo PS. A atividade do proteassomo foi maior nos grupos PS e LEU+PS, assim como a FoxO3a, proteínas ubiquitinadas, LC3-II e p62/SQSTM1 que não se alteraram nos grupos que não foram privados de sono. O gastrocnemius apresentou diminuição da sua massa somente no grupo PS, com diferentes respostas na área de secção transversa das fibras: 1) não houve alteração nas fibras do tipo I em nenhum dos grupos; 2) foi identificada redução nas fibras do tipo IIa nos grupos PS e LEU+PS; e 3), redução das fibras do tipo IIb somente no grupo PS. Conclusão: A suplementação de leucina suprimiu a redução da atrofia do gastrocnemius na condição de privação de sono paradoxal, com ação específica sobre as fibras do tipo IIb. Mesmo não alterando a degradação, a leucina foi capaz de aumentar as sinalizações de síntese proteica durante a privação de sono, regulando o turnover proteico. Estes resultados foram independentes da regulação do perfil sérico da testosterona e corticosterona, sugerindo que talvez estes não sejam os únicos sinalizadores da atrofia muscular durante a privação de sono paradoxal em ratos.