Caracterização microbiológica e epidemiologia molecular de Enterococcus spp. isolados de infecções da corrente sanguínea de pacientes do Projeto SCOPE Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Chagas Neto, Thomas Cardoso das [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ERV
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2388330
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48413
Resumo: Introdução: Infecções de corrente sanguínea (ICS) por Enterococcus spp., especialmente quando relacionadas com isolados resistentes à vancomicina, apresentam altas taxas de morbidade e terapia antimicrobiana limitada. Objetivos: Caracterizar o perfil epidemiológico e molecular de Enterococcus spp. isolados de hemoculturas de pacientes com ICS participantes do programa SCOPE Brasil. Material e Métodos: Entre junho de 2007 e dezembro de 2011, 144 cepas de Enterococcus spp. foram isoladas a partir do primeiro episódio de ICS hospitalar de pacientes de 12 centros médicos de quatro regiões brasileiras. Todas as 144 amostras foram re-identificadas pelo sistema automatizado Phoenix® e a identificação final das espécies foi confirmada por espectrometria de massa por ionização e dessorção a laser - assistida por matriz - matrix associated laser desorption-ionization - time of flight (MALDI-TOF MS) (Bruker Microflex, Vitek MS® BMX) e reação da polimerase em cadeia (PCR) (oligonucleotídeos, ddlE.faecalis, ddlE.faecium). Além disso, os isolados foram submetidos a testes de sensibilidade aos antimicrobianos pelo sistema Phoenix® e para aqueles que apresentaram resistência à vancomicina, foram submetidos ao Etest® para confirmação das CIMs de daptomicina, linezolida, teicoplanina e vancomicina. O mecanismo de resistência a vancomicina foi confirmado por PCR para os genes vanA e vanB e a tipagem por gel de eletroforese em campo pulsado - pulsed field gel electrophoresis (PFGE) foram feitas para os isolados resistentes à vancomicina. A tipagem pela técnica de sequenciamento de múltiplos loci - multilocus sequence typing MLST foi realizada para 22 isolados selecionados com base nos perfis de PFGE. Avaliou-se a aplicabilidade da técnica de MALDI-TOF MS para tipagem de Enterococcuss spp. comparando os dendrogramas do tipo UHCA e UPGMA com o algoritimo de Ward. Resultados: A espécie mais prevalente foi o E. faecalis com 110 isolados, seguidos por E. faecium com 33 isolados e apenas um E. durans. Todos os 35 isolados resistentes à vancomicina apresentaram o gene vanA, dos quais 15 da espécies E. faecalis (EFSRV) e 20 da E. faecium (EFMRV). De acordo com a PFGE foram encontrados dois padrões (B e C), que prevalecem entre EFSRV entre EFMRV foi observado um maior polimorfismo e três grupos, sendo padrão A, o predominante. MLST evidenciou em E. faecalis os STs 9; 103; 525 e 526. Enquanto em E. faecium STs encontrados foram 18, 412, 478 e 896. Conclusões: E. faecalis foi a espécie mais prevalente. Neoplasias foram as doenças de base mais encontradas. ST526 foi o mais encontrado entre os EFSRV e o ST412 o mais prevalente entre os EFMRV. A tipagem com os espectros produzidos no Microflex LT® e analisados no BioNumerics 7.5 apresentou uma boa concordância com o MLST para E. faecalis, quando utilizado o algoritmo de Ward desconsiderando a intensidade dos espectros. Mesmo utilizando Ward para E. faecium não houve boa correlação com o MLST.