Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Borges, Rafael Nunes [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66823
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Resumo: |
Introdução. A partir de 2010, após um grande terremoto ocorrido no Haiti, o Brasil passou a atrair número crescente de imigrantes dessa nacionalidade, sendo que parcela significativa vive no estado de São Paulo, concentrando-se na capital. Esses imigrantes, além de enfrentarem dificuldades no processo migratório, vêm vivenciando situações de desigualdade de renda e de acesso a serviços de saúde. Nesse contexto, avaliou-se ser relevante a realização de um estudo com imigrantes haitianos no município de São Paulo. Objetivo. Analisar estratégias e caminhos construídos por imigrantes haitianos no cuidado de sua saúde. Métodos. Foi realizado um estudo qualitativo utilizando-se a técnica de entrevistas em profundidade por meio da abordagem da história de vida focal, com quatro imigrantes haitianos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que compreendiam a língua portuguesa ou apresentavam um intérprete da comunidade e residam no município de São Paulo (SP). Os sujeitos do estudo foram selecionados na comunidade de haitianos do município, em amostra por conveniência do pesquisador e com apoio de um informante chave dessa comunidade. As entrevistas foram transcritas e, com base nelas e no diário de campo, foram elaboradas narrativas das histórias de cada um dos sujeitos do estudo. A análise do material utilizou a técnica de análise de conteúdo, na modalidade temática. Resultados e Discussão. Foi identificado que os imigrantes que participaram do estudo utilizam distintas estratégias para construir seus caminhos de cuidado que foram categorizadas em dois grandes temas: caminhos percorridos fora do sistema oficial de saúde; e caminhos percorridos em serviços de saúde do sistema oficial. A religiosidade e o uso de chás destacaram-se entre as estratégias mais frequentemente utilizadas, desde quando viviam no Haiti. No Brasil, além dessas estratégias, os serviços de saúde, principalmente aqueles vinculados ao SUS, passaram a compor seus itinerários terapêuticos. Apesar de avaliarem positivamente o cuidado recebido, identificaram dificuldades de acesso relacionadas à comunicação. Consideração Final. Os achados deste estudo sugerem a necessidade de maior investimento da gestão do SUS em reorientar ações e implementar processos de educação permanente visando a qualificar as equipes para o cuidado em saúde em contexto intercultural. |