Adipocinas e o diabetes mellitus gestacional
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=92438 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46151 |
Resumo: | Introdução: A obesidade é uma condição inflamatória que predispõe ao desenvolvimento do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Algumas mulheres obesas desenvolvem uma forma mais precoce de DMG, antes do aumento fisiológico da secreção de hormônios placentários hiperglicemiantes que ocorre por volta da 24ª semana da gestação. Ainda não está claro qual seria o perfil de adipocinas séricas dessas gestantes que desenvolvem esta forma precoce de DMG. Objetivo: Avaliar mediadores da resposta inflamatória na 1ª metade da gestação em mulheres pré-obesas e obesas, procurando associar os achados com o diagnóstico de DMG precoce (até 20 semanas). Métodos: Este estudo do tipo coorte prospectivo recrutou gestantes com sobrepeso (IMC pré-gestacional >25 Kg/m 2) na 1ª metade da gestação, sem outras co-morbidades. Foi colhido sangue para avaliar os níveis séricos de adipocinas, e para análise de polimorfismos genéticos. Todas as participantes realizaram teste de tolerância oral a glicose com 75g (TTOG) até a 20ª semana de gestação; aquelas com 1 ou mais valores anormais (jejum 92-125 mg/dL, 1h 180-199 mg/dL, 2 h 153-199 mg/dL) receberam o diagnóstico de DMG, segundo os critérios do IADPSG. Todas as gestantes foram acompanhadas até o final da gestação e aquelas que desenvolveram DMG posteriormente ou qualquer outra complicação clínica ou obstétrica foram excluídas das análises. Foram comparados os achados dos exames laboratoriais entre as gestantes com e sem DMG precoce. As concentrações séricas de adiponectina, leptina, resistina, grelina e visfatina foram mensuradas por ELISA, e os polimorfismos genéticos pela técnica de PCR-RFLP. Resultados: Um total de 93 gestantes com sobrepeso foi incluído nas análises: 33 desenvolveram DMG precoce e 60 tiveram uma gestação saudável sem nenhuma complicação. Os níveis séricos de adiponectina foram significantemente mais baixos e os de leptina mais altos no grupo que desenvolveu DMG precoce (p=0,02, p=0,01; respectivamente). A razão adiponectina/leptina foi menor no grupo DMG (p=0,003). Não encontramos alterações das concentrações séricas de resistina, grelina e visfatina relacionadas ao DMG. O polimorfismo -2548 G/A do gene de Leptina mostrou associação com DMG precoce (p=0,02). Conclusão: Gestantes com sobrepeso com DMG precoce têm níveis de adiponectina significantemente menores e de leptina significantemente maiores na 1ª metade da gravidez do que gestantes saudáveis. Além disso, o polimorfismo -2548 G/A do gene de Leptina parece estar associado à doença. |