Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Carmo, Lucas Henrique Silva [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/70858
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Resumo: |
A nefrotoxicidade induzida por fármacos vem crescendo a cada ano. Dentre estes medicamentos, há agentes como a cisplatina, um dos mais potentes quimioterápicos utilizados no tratamento de diversos tipos de câncer. Ácidos nucléicos, principalmente os DNA genômico e mitocondrial, são alvos da cisplatina. Além disso a cisplatina leva a danos oxidativos. Com isso sabe-se que exercício físico regular é um fator importante na manutenção do equilíbrio redox, através do aumento das defesas do sistema antioxidante. Do mesmo modo a N-Acetilcisteína (NAC), também conhecida por sua capacidade de aumentar o sistema de defesa antioxidante celular pode reduzir o estresse oxidativo no organismo. Nesse cenário, o objetivo deste trabalho, é avaliar o efeito de dois tipos de exercício físico, treinamento no domínio moderado e treinamento no domínio severo de intensidade, assim como a suplementação com NAC frente aos efeitos nefrotóxicos da cisplatina em peixe-zebra. Para tanto, animais foram divididos em grupos, Sedentário, treinamento contínuo de intensidade moderada (MICT), e treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) e os protocolos de treinamento foram feitos por 4 semanas. Outra parte dos animais foram divididos em grupos, Controle, Cisplatina, NAC e NAC + Cisplatina. Após o treinamento, foi feita uma aplicação única de cisplatina na concentração de 100 μg/g nos animais treinados e ao tratamento com NAC, e salina nos animais CTL e SED. Em ambos os protocolos, os animais eutanasiados tiveram o rim coletado para os ensaios de respirometria de alta resolução, atividades enzimáticas antioxidantes, histologia e PCR em tempo real. Os animais submetidos ao protocolo de treinamento, foi observado uma melhora na capacidade física a partir da segunda semana de treinamento e progredindo a cada semana. Observamos na histologia do tecido renal dos animais submetidos ao treino HIIT teve uma maior lesão tubular, mostrando que a intensidade do exercício influencia no dano causado pela cisplatina. Analisando a expressão gênica, foi possível observar uma maior relação BAX/BCL2 no grupo HIIT quando comparado aos outros grupos, indicando um maior nível de apoptose no rim dos animais desse grupo. Porém observando a caspase 3 e IL-1B, o grupo HIIT tem uma menor expressão desses genes, mostrando uma menor inflamação no tecido renal. Para entender melhor a atividade da cisplatina analisamos a respiração mitcondrial no rim dos animais. E para isso os animais não foram submetidos ao protocolo de treinamento, foi utilizado NAC. A respiração celular através da ativdade dos complexos 1 e 2 e a respiração maxima celular. E nos três estagios da respirometria vemos uma melhor respiração dos animais tratados somente com cisplatina. Analisando a atividade das enzimas antioxidantes, conseguimos observar que os animais tratados com NAC + Cisplatina teve uma maior atividade da glutationa S-transferase (GST), uma menor atividade da glutationa redutase (GR), e uma menor atividade da glutationa peroxidase (GPx). Entendo assim que essas enzimas estão relacionada com a atividade da NAC contra os efeitos da cisplatina. Desta forma esse estudo demonstra que o exercício físico e o tratamento com NAC em peixe-zebra é uma intervenção que pode ser utilizado contra a nefrotoxicidade da cisplatina. |