Avaliação do efeito do selênio na nefrotoxicidade induzida pela cisplatina em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Camargo, Simone Mafalda Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60131/tde-02092020-120458/
Resumo: A cisplatina é um antineoplásico muito utilizado em clínica oncológica para o tratamento de câncer de ovário, testículo e bexiga, entre outros. Um dos fatores limitantes de seu uso é a nefrotoxicidade dose-dependente induzida pela droga. O mecanismo dessa nefrotoxicidade ainda é desconhecido, e a peroxidação lipídica parece estar envolvida neste processo. Várias substâncias têm sido utilizadas para tentar reduzir a nefrotoxicidade da cisplatina. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do selênio (administrado por via oral) na nefrotoxicidade induzida pela cisplatina (administrada por via intraperitoneal) em ratos Wistar. Os animais foram divididos em 4 grupos, Controle (n=6), Selênio (n=6), Cisplatina (n=6) e Cisplatina+Selênio (n=6). Sete dias após a administração da cisplatina foram avaliados os níveis de peroxidação lipídica pelo método das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e os níveis de glutationa nos rins. Para avaliar o efeito nefrotóxico determinou-se os níveis diários da enzima N-acetil-p-D-glucosaminidase (NAG) total e isoenzima B, volume urinário, proteína urinária total, creatinina plasmática e \"clearance\" da creatinina. Podemos sugerir que a peroxidação lipídica parece estar envolvida mecanismo de nefrotoxicidade da cisplatina. Os resultados de peso corporal e dos rins, creatinina e proteinúria obtidos, permitem concluir que o selênio administrado por gavagem 24 horas antes de uma dose única de cisplatina, administrada intraperitonealmente, não protegeu os ratos da nefrotoxicidade induzida pela cisplatina. Porém se avaliarmos os resultados de volume urinário e isoenzima B da NAG podemos sugerir que o selênio promoveu uma proteção parcial contra as lesões precoces induzida nos túbulos proximais pela cisplatina.