Impactos da COVID-19 sobre Hábitos de Vida e Saúde Mental de Estudantes Adolescentes: Estresse, Ansiedade e Estratégias de Coping

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Roberta Neves Gago [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66136
Resumo: Introdução: A adolescência é uma época de grandes transformações fisiológicas, cognitivas, sociais e psíquicas. A pandemia da COVID-19 acarretou uma quebra de paradigma na vida da população mundial. As medidas de isolamento social afetaram diretamente a saúde mental da população adolescente, uma vez que esta tende a ser mais vulnerável aos efeitos negativos do estresse, dadas as características do neurodesenvolvimento próprias dessa etapa. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo verificar os impactos da pandemia da COVID-19 sobre os hábitos de vida e saúde mental de estudantes adolescentes, com mapeamento de sintomas de estresse, ansiedade e depressão, bem como possíveis estratégias de coping adotadas por esta população, buscando possíveis correlações entre estes sintomas e as estratégias adotadas. Métodos: Foram aplicados os instrumentos: anamnese, Escala DASS-21 e Coping Response Inventory – Youth Form – CRI-Y em 215 estudantes, com idade média de 14,92 anos, dos segmentos da educação básica Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio. Resultados: Os resultados apontaram impactos negativos no processo de aprendizagem dos alunos, aumento do comportamento sedentário, do uso de redes sociais, além de alterações no padrão de sono e hábitos alimentares. A própria saúde mental foi motivo de grande preocupação. Observou-se algum nível de estresse, ansiedade e depressão acima do considerado normal, na população analisada. A estratégia de coping aceitação-resignação foi utilizada como recurso para lidar com a pandemia e seus efeitos. Ademais, para todos os participantes do estudo, constatou-se uma correlação positiva entre sintomas de depressão e ansiedade e as estratégias de coping análise lógica, evitação cognitiva, aceitação-resignação e descarga emocional. Conclusões: Os resultados obtidos sugerem que a pandemia da COVID-19, e suas consequências, possam podem ter contribuído para um aumento nos níveis de estresse, ansiedade e depressão em adolescentes e, destacadamente, nos participantes do gênero feminino. Ademais, corrobora-se a ideia de que estratégias de evitação em eventos estressores concebidos como incontroláveis tendem a ser mais utilizadas, principalmente pelas adolescentes mais velhas. Finalmente, nossos resultados sugerem o uso preferencial de estratégias de evitação consideradas desadaptadas, mais preditivas de sintomas de depressão e ansiedade e que constituem fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais em crianças e adolescentes, principalmente as do gênero feminino.