Aspergilose em paciente vivendo com HIV/aids

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Truda, Vanessa Souza Santos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69227
Resumo: Introdução: A infecção pelo HIV não tratada pode levar a imunossupressão profunda e aumentar a suscetibilidade de pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) à aspergilose. Objetivos: Relatar a prevalência e a história natural da aspergilose documentada em PVHA admitidas em 5 centros médicos no Brasil. Pacientes e Métodos: Dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais foram coletados em todos os casos sequenciais de aspergilose comprovada ou provável documentados em PVHA internadas em 5 centros médicos entre 2012-2020. Resultados: Foram incluídos 25 pacientes com idade entre 23 e 58 anos (média = 39), incluindo 11 pacientes com aspergilose invasiva (AI) e 14 com aspergilose pulmonar crônica (APC). A taxa de prevalência de aspergilose foi de 0,1% entre 19.616 PVHA avaliados. No geral, 72,7% dos pacientes com AI apresentaram contagem de linfócitos T CD4+ < 100 células/mm³ e 42,8% dos pacientes com APC apresentaram contagem de linfócitos T CD4+ > 200 células/ mm³. A maioria dos pacientes tinha história de tuberculose, principalmente aqueles com APC (85,7%). A AI foi documentada após uma média de 16,5 dias de internação, principalmente em pacientes críticos expostos a corticosteroides e antimicrobianos de amplo espectro. No grupo APC, a cultura positiva (71,4%) e as alterações radiológicas foram os achados mais frequentes que corroboraram o diagnóstico. Os episódios de AI foram diagnosticados, principalmente, por achados de biópsias de tecido. As taxas brutas de mortalidade associada a essa infecção fúngica foram de 72,7% e 42,8% em pacientes com AI e APC, respectivamente. Conclusões: Apesar de ser considerada uma complicação incomum em PVHA (0,1%), a AI deve ser considerada em pacientes com imunossupressão profunda e pneumonia refratária à terapia convencional. A APC deve ser investigada em PVHA com deterioração crônica da função pulmonar e diagnóstico prévio de tuberculose.