Ômega-3 na leucemia linfocítica aguda em pediatria: uma revisão de escopo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bittencourt, Veridiana Braga [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67252
Resumo: Objetivo: identificar através de uma revisão de escopo, os tipos de estudos que contemplem a utilização do ômega 3 (n-3) em leucemia linfocítica aguda (LLA) pediátrica e descrever a variabilidade nas respostas à suplementação de n-3 para abordagem do tratamento. Métodos: Seguindo o protocolo PRISMA-ScR para revisão de escopo, foi conduzido levantamento nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Cochrane, FSTA, Clinical Trials e Embase, com termos específicos para LLA e ômega-3, sem limite de data. Resultados: De 543 citações, 11 publicações foram selecionadas. Os estudos experimentais in vitro demonstram que EPA (ácido eicosapentaenoico), DHA (ácido docosaexaenoico) e cEPA (ácido eicosapentaenoico conjugado) possuem ação citotóxica dependente de dose e tempo sobre linhagens LLA específicas, induzindo a apoptose por mecanismos semelhantes, tendo o EPA também ação necrótica sobre algumas linhagens de LLA. O DHA demonstrou ação citotóxica sinérgica com alguns quimioterápicos, sobre células de LLA e não sobre células normais. Clinicamente, n-3 demonstrou ação cardio e hepatototóxica protetora em relação a quimioterápicos específicos, durante tratamento de manutenção e de indução em pacientes pediátricos com LLA, sem prejuízo do tratamento. Conclusões: Os resultados desta revisão de escopo sugerem que apesar das pesquisas para uso de n-3, DHA e/ou EPA no tratamento de LLA estarem ainda em estágio inicial, EPA e DHA e cEPA, demonstram ter ação citotóxica apoptótica em algumas linhagens de LLA, de maneira dependente de dose e tempo; e o n-3 parece ter ação inibitória da citotoxicidade de alguns quimioterápicos específicos sobre células normais, sem prejuízo da quimioterapia. Há a necessidade de estudos sistemáticos para o entendimento mais aprofundado no mecanismo de ação do n-3 sobre a célula tumoral, bem como determinar sua eficácia e segurança.