Avaliação das alterações do sono em pacientes com doença inflamatória intestinal e a relação com períodos de remissão e atividade da doença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paixão, Deise Luna [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5418653
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50478
Resumo: Introdução: A patogênese da DII não está definida, entretanto, fatores genéticos, imunológicos e ambientais são reportados como possíveis desencadeadores. Distúrbios do sono com alteração no ciclo circadiano, que afetam o sistema imune, têm sido descritos como potencial gatilho e/ou fator predisponente para ativação da doença, contribuindo para a piora do quadro clínico. Dessa forma, se faz necessário caracterizar esses distúrbios nesse grupo de pacientes. Objetivo: Avaliar a qualidade do sono nos pacientes com DII e relacioná-los aos períodos de atividade ou remissão da doença. Casuística e Método: Uma amostra de conveniência com 20 participantes foi incluída, sendo 11 com RCUI e nove participantes com DC (sete com doença ativa e 13 em remissão). Foram realizados exames de polissonografia e aplicados dois questionários: índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) e escala modificada de impacto de fadiga (MIFS). As interleucinas IL-6, IL-10 e TNF-α foram mensuradas por ELISA no soro dos participantes. Os dados foram analisados por estatística descritiva, teste de normalidade, teste Exato de Fisher, teste t/Mann Whitney e teste de correlação de Spearman. Resultados: A latência do sono nos participantes com a doença ativa foi de, em média, 133,07 minutos e em remissão, foi de 106,79 minutos. A eficiência do sono foi de 80,90% na doença ativa e 84,20% em remissão. O escore total do PSQI foi igual ou maior que cinco para todos os voluntários incluídos no estudo, o que denota uma má qualidade do sono. No MIFS, observamos diferença significativa entre doença ativa e remissão (p=0,032), onde a maioria dos participantes com a doença em remissão relataram ausência de fadiga. Na análise da dosagem das interleucinas observamos valores aumentados em ambos os grupos. Conclusão: Não houve alterações significativas na qualidade do sono dos participantes por meio do exame de polissonografia, independentemente da fase da doença. Entretanto, houve um aumento na queixa dos participantes em relação a qualidade do sono e sintomas de fadiga por meio dos questionários aplicados. Os valores séricos das citocinas IL-6 e TNF-α estão aumentados nesses pacientes, independente da fase da doença, no entanto não foi possível estabelecer correlação entre os parâmetros. Sugerimos o acompanhamento da qualidade do sono nesse grupo de pacientes e um estudo mais amplo para elucidar essas alterações.