Ressonância magnética do músculo e tendão do peitoral maior em atletas com lesão unilateral: avaliação por imagem do lado não lesionado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Godoy, Ivan Rodrigues Barros [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67366
Resumo: Introdução: o presente estudo pretende avaliar as características de imagem de ressonância magnética (RM) do lado contralateral em atletas de levantamento de peso com rotura do peitoral maior (PM). As hipóteses são que a RM do lado não lesionado pode apresentar aumento do comprimento e espessura do tendão do peitoral maior (TPM) e volume do músculo peitoral maior (PMM-vol) e área de secção transversal (PMM-AST) quando comparados com o grupo controle. Objetivos específicos: avaliar os achados de imagem de ressonância magnética que possam estar relacionados com tendinopatia do lado não lesionado; analisar o desempenho dos estudos de Ressonância Magnética para avaliação da área e do volume do músculo peitoral maior no lado não lesionado; e avaliar características quantitativas e qualitativas de imagem dos exames de RM do tendão e músculo do peitoral maior em pacientes com lesão contralateral prévia. Metodologia: Identificou-se retrospectivamente casos de ressonância magnética com lesão unilateral do peitoral maior, além de serem revisados os achados de imagem do lado contralateral. O protocolo de ressonância magnética de ambos os grupos foi o mesmo e incluiu T1 FSE e T2 FATSAT axial, coronal, e imagens sagitais, um lado de cada vez. Outrossim, avaliou-se, como controle, a ressonância magnética de dez atletas assintomáticos de levantamento de peso com imagens de PM de ambos os lados. Dois radiologistas musculoesqueléticos revisaram separadamente a ressonância magnética e mediram o comprimento e a espessura do tendão do peitoral maior (TPM), o volume do músculo peitoral maior (PMM-vol) e a área de secção transversal de PMM (PMM-AST), bem como a área de secção transversal da diáfise umeral (UM-AST) e a razão entre PMM-AST e UM-AST (PMM-AST/UM-AST). Os dados foram comparados entre os indivíduos com lesão unilateral e aqueles indivíduos controles. Resultados: Identificaram-se 36 indivíduos do sexo masculino com lesão unilateral do peitoral maior (PM) e idade média de 35,7±8 anos, além de 10 controles pareados por idade (p=0,45). Um total de 36 ressonâncias magnéticas de peitoral maior, com lesão prévia do PM contralateral, e 20 ressonâncias magnéticas de controles sem lesão foram incluídas neste estudo. O comprimento e a espessura do tendão do peitoral maior foram significativamente maiores nos pacientes com antecedentes de lesão PM contralateral versus indivíduos controle (ambos P <0,001). Ademais, PM-AST e UM-AST foram maiores no grupo de lesão de PM contralateral (P=0,032 e P <0,001, respectivamente). A espessura do TPM >2,95 mm teve sensibilidade de 80,6% e especificidade de 90,0% para diferenciar o grupo PM não lesionado do grupo dos controles. Conclusão: A ressonância magnética do lado não lesionado de pacientes com rotura prévia de PM contralateral demonstra maior espessura e comprimento do tendão do peitoral maior, bem como maior PM-AST e UM-AST do que os do grupo de controles.