Proliferação de pseudomonas aeruginosa luminescente, queratinócitos humanos cultivados e KGF em modelo experimental de queimadura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Sobral, Christiane Steponavicius [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20409
Resumo: Uma das principais funções da pele é a proteção do organismo. A perda da barreira cutânea provoca graves alterações, principalmente imunológicas. Quando os queratinócitos são lesados, como no caso de grandes queimaduras, é causada uma falha no mecanismo proteção do organismo, tanto mecânica quanto imunológica. Esta característica torna o paciente queimado bastante vulnerável à infecção por bactérias como Pseudomonas aeruginosa, apesar das crescentes inovações no tratamento das queimaduras Estes pacientes necessitam de cuidados especiais, muitas vezes de enxertos realizados com queratinócitos humanos cultivados. O fator de crescimento de queratinócitos (KGF), um fator de crescimento produzido por fibroblastos, mas com receptores em células epiteliais, tem como característica o efeito proliferador sobre os queratinócitos, sendo utilizado em diversos modelos experimentais de lesões cutâneas. Como ainda não havia sido estudado o comportamento de Pseudomonas aeruginosa em modelo experimental de queimaduras, na presença de KGF, foi realizado este estudo. Queratinócitos modificados geneticamente passando a produzir KGF foram cultivados, assim como um grupo de queratinócitos normais, cujo meio de cultura foi suplementado com KGF. Após a modificação genética, os dois grupos de queratinócitos foram cultivados sobre uma matriz de colágeno para a formação de epitélio, Após, foi realizada a queimadura da epiderme, com inoculação de duas cepas de Pseudomonas aeruginosa PA14. Esta bactéria foi modificada por plasmídios com o lux CDABE de Xenorhabdus luminescens e o gene para resistência à penicilina. Como esta bactéria tornaram-se luminescentes, a proliferação das bactérias pode ser detectada pela emissão de luz. A proliferação bacteriana foi avaliada por 12 horas utilizando-se um luminômetro. Foram testadas as células geneticamente modificadas, que produziam KGF. No grupo de queratinócitos normais, o KGF foi adicionado ao meio de cultura diferente em concentrações e em diferentes períodos. O KGF causou diminuição estatística significante na proliferação de Pseudomonas aeruginosa luminescentes. Tanto no grupo de queratinócitos modificados geneticamente, quanto no grupo suplementado. Os resultados sugerem que o KGF apresenta a mesma eficácia quando utilizado topicamente ou por modificação genética no modelo utilizado.