Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Samara Ercolin de [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69646
|
Resumo: |
Introdução: Apesar das evidências de que os cuidados paliativos otimizam o gerenciamento dos sintomas, reduzem o uso de recursos de saúde e melhoram a qualidade de vida na doença hepática terminal, o acesso a cuidados paliativos de pessoas aguardando o transplante de fígado é raro e tardio, próximo do óbito. Objetivo: Avaliar o uso de serviços de saúde e acesso aos cuidados paliativos de candidatos a transplante de fígado em um serviço de referência em hepatologia. Métodos: Realizamos uma análise retrospectiva do prontuário de 59 pessoas que morreram enquanto listadas para transplante de fígado, e de 8 pessoas que foram retiradas da lista por ausência de condição clínica para transplantar, acompanhados no ambulatório de transplante hepático do Hospital São Paulo (HSP) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os prontuários foram revisados para determinar a utilização dos serviços de saúde e acesso aos cuidados paliativos dessa população, nos últimos 12 meses de vida e 15 meses, respectivamente. Resultados: No total, 62 pessoas do estudo foram a óbito; o tempo entre a inclusão na lista e o óbito foi de 7 meses. A ascite 83,3% (n=54), encefalopatia hepática 64,2% (n=53) foram as complicações mais prevalentes. 51 pessoas foram admitidas no PS com média de 6,5 episódios de admissões por pessoa. Os sinais e sintomas prevalentes nessas admissões foram o aumento do volume abdominal (77,5%), dispneia (67,35), e dor abdominal (61,2%). 49 pessoas internaram com média de 2,3 episódios de internação por pessoa, passando uma média de 26 dias de internação; 33 pessoas morreram na UTI. E apenas 10 pessoas (6,7%) do estudo acessaram os cuidados paliativos; dessas, 7 pessoas acessaram na internação em que evoluíram a óbito. Conclusões: Essa coorte apresentou altas taxas de utilização dos serviços de saúde, e a maioria das pessoas morreram na UTI. Apenas uma pequena parcela de pessoas tiveram acesso aos cuidados paliativos, e o primeiro acesso foi no ambiente hospitalar, majoritariamente no episódio de internação que resultou no óbito. |