Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Lima, Emilia Moreira Silva [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/62521
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Resumo: |
Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, caracterizada por poliartrite periférica, podendo levar destruição das articulações e deformidades, resultando em redução da função e incapacidade. Dos pacientes com AR, 85-100% tem envolvimento nas articulações dos pés. O uso de palmilhas tem sido rotineiro no tratamento dos pés reumatoides, no entanto são fracas as evidências em estudos controlados e randomizados. Objetivos: Primário: avaliar a efetividade do uso de palmilhas com apoio retrocapital e apoio de arco medial no alívio da dor em pacientes com AR. Secundários: avaliar função, variáveis da marcha, distribuição de carga na região plantar, qualidade de vida e satisfação do paciente quanto ao uso de palmilhas. Correlacionar o uso da palmilha com parâmetros de dor durante a caminhada, função e variáveis da marcha. Métodos: Foram incluídos pacientes do gênero feminino classificados como AR segundo critérios do ACR; com idade entre 18 a 65 anos; com dor nos pés pela END entre 3 – 8cm para caminhada; classes funcionais I, II, e III. De 208 pacientes avaliados, 80 preencheram os critérios de elegibilidade, e foram randomizados em grupo intervenção (GI) e controle (GC). O GI fez uso de palmilha em EVA, com apoio de arco medial e apoio retrocapital, e GC fez uso de palmilha plana durante o estudo. Os seguintes parâmetros foram avaliados antes da randomização, 45 dias (T45), 90 dias (T90) e 180 dias após a entrega da palmilha, por um avaliador cego: dor (END) ao caminhar e repouso, função (HAQ), função dos pés (FFI e FHSQ-BR), qualidade de vida (SF-36), distância caminhada no teste de caminhada de 6 minutos (TC6m), satisfação com o tratamento (escala tipo Likert) e exame de baropodometria dinâmica. Resultados: Trinta e nove pacientes foram randomizadas para o GI e 41 para o GC. Pela comparação entre os grupos usando o ANOVA para medidas repetidas, encontramos resultados estatisticamente diferentes entre os grupos para as variáveis END ao caminhar e ao repouso no pé direito e esquerdo, com p<0,001 para todas estas variáveis, comprimento do passo (p=0,013), deslocamento de centro de força do pé direito (p=0,021) e na escala tipo Likert (p=0,039) a favor do GI. Ao correlacionar tempo de uso das palmilhas com as variáveis de dor, função e parâmetros baropodométricos usando a correlação de Spearman, encontramos resultados estatisticamente melhores na maioria das variáveis nos diferentes tempos para o GI, enquanto o GC correlacionou apenas com END no pé direito e diferença do comprimento do passo. Para as demais variáveis, não encontramos diferença estatisticamente significante entre os grupos. Conclusão: O uso de palmilhas com apoio de arco medial e apoio retrocapital é efetivo na redução da dor ao caminhar e ao repouso em ambos os pés, no aumento do comprimento do passo e no deslocamento de força do pé direito em pacientes com AR. Em relação ao tempo de uso de palmilhas, quanto maior o uso diário, melhor a dor, a função e alguns parâmetros da marcha. Sendo também considerado um tratamento coadjuvante satisfatório para os pacientes com artrite reumatoide. |