Aspectos psicocognitivos de cuidadores de pacientes pediátricos com doenças reumáticas crônicas e sua relação com a adesão ao tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Keppeke, Livia de Freitas [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2700939
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48113
Resumo: Introdução: As doenças reumáticas pediátricas têm um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. Regimes de tratamento médico para essas doenças são complexos e exigem adesão constante por longo período de tempo, para que os efeitos benéficos sejam observados e para a minimização dos efeitos adversos. Todos esses fatores contribuem para o risco de baixa aderência. Estudos de adesão em pediatria têm focado em fatores psicossociais e relativos à doença, entretanto, pouco se sabe a respeito da relação dos fatores comportamentais e cognitivos dos cuidadores sobre a adesão desses pacientes. Objetivo. Este estudo avaliou a associação da adesão ao tratamento medicamentoso com os aspectos psicocognitivos dos cuidadores primários. A satisfação com o tratamento, fatores sociodemográficos e familiares dos cuidadores e pacientes também foram avaliados. Métodos. Participaram do estudo, cuidadores primários (n=90) e pacientes maiores de 10 anos (n=63) acompanhados em um ambulatório de Reumatologia Pediátrica. Os participantes foram classificados nos grupo com Boa Adesão (n=50 cuidadores) e Baixa Adesão (n=40 cuidadores) de acordo com Teste de Adesão Medicamentosa de Morisky, Green e Levine. Utilizamos escalas para avalição do perfil da funcionalidade familiar, da satisfação com o tratamento e do perfil comportamental e cognitivo. Resultados: No grupo com Baixa Adesão predominaram cuidadores com perfil de problemas emocionais e comportamentais como dificuldades com organização e planejamento, problemas externalizantes, problemas de depressão, comportamento agressivo, comportamento intrusivo e isolamento. Pacientes que eram os únicos responsáveis pela administração das medicações, de faixa etária mais avançada e provenientes de famílias com mais filhos também predominaram no grupo com Baixa Adesão. O nível socioeconômico, aspectos clínicos, satisfação com o tratamento, funcionalidade familiar e perfil cognitivo mostraram-se semelhantes entre os cuidadores nos grupos com Boa Adesão e Baixa Adesão. Conclusão. Observamos associação entre cuidadores com perfis indicativos de problemas comportamentais e emocionais com a baixa adesão. As funções cognitivas dos cuidadores não interferiram na adesão. Pacientes pediátricos de faixa etária mais avançada mostraram-se menos propensos a aderir ao tratamento. Conclusões: Nossos dados indicam a necessidade de intervenções psicossociais em famílias de pacientes que apresentam baixa adesão, além de novos estudos direcionados para a investigação das características emocionais e comportamentais dos cuidadores e pacientes, principalmente na fase da adolescência.