Efeitos da suplementação de vitamina D (calecalciferol) na força muscular de idosos institucionalizados da cidade de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Moreira, Linda Denise Fernandes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21308
Resumo: Objetivos: Investigar os efeitos de 6 meses de suplementação com colecalciferol nos parâmetros bioquímicos e na força muscular de idosos institucionalizados. Desenho do Estudo: Ensaio clínico prospectivo, randomizado, duplo-cego, placebo¬ controlado. Local de realização: Duas instituições de longa permanência para idosos, em São Paulo - SP, Brasil. Participantes: 57 idosos de ambos os gêneros, com 60 anos de idade ou mais. Métodos: Os pacientes foram tratados durante 6 meses com cálcio + placebo (Grupo 1 - G1) ou cálcio + 3.600 UI/dia de colecalciferol (Grupo 2 - G2). Foram colhidas amostras de sangue para a dosagem de 25 hidroxivitamina D (250HD), paratormônio intacto (iPTH) e cálcio. Os testes físicos de força muscular foram feitos com a utilização de um dinamômetro portátil para a mensuração da força dos músculos flexores de quadril (FQUA) e extensores de joelho (FJOE). Os exames bioquímicos e os testes físicos foram realizados antes do início da intervenção (M1) e repetidos após o fim do tratamento (M2). Resultados: A 250HD sérica aumentou significativamente em ambos os grupos após o tratamento, provavelmente devido à maior exposição à luz solar durante o verão. Contudo, G2 aumentou mais que G1 (84 por cento e 33 por cento, respectivamente, p < 0,0001). Nenhum caso de hipercalcemia foi observado. G2 apresentou 17 por cento de aumento da FQUA ao fim do tratamento (RC=1, 17; 95 por cento IC = 1,09 - 1,25; P < 0,0001), enquanto nenhum aumento foi visto em G1 (RC = 0,96, 95 por cento IC = 0,89 ¬ 1,04; P = 0,361). FJOE aumentou significativamente em ambos os grupos de M1 para M2, mas apenas nas mulheres (RC = 1,22; 95 por cento IC = 1,13 - 1,31; P < 0,001). Apesar de que clinicamente o grupo tratado (G2) apresentou níveis mais altos de força muscular do que o grupo placebo (G1), esta diferença não foi significante estatisticamente. Conclusões: A suplementação com colecalciferol proposta neste estudo foi segura e eficaz no aumento dos níveis séricos de 250HD no grupo tratado (G2). Apesar de G1 também ter apresentado uma elevação na 250HD sérica, provavelmente por causa da variação sazonal, esta elevação foi bem menor do que em G2. A FJOE aumentou similarmente em ambos os grupos, mas houve um aumento em FQUA apenas em G2. Assim, concluímos que a melhora nos níveis séricos de 250HD foi eficiente no aumento da força muscular de membros inferiores de idosos institucionalizados.