Narrativa sobre práticas de ensino de ciências e matemática para um aluno com diagnóstico de TEA no ensino superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Tarcia Emanuella Oliveira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/72065
Resumo: Este estudo teve por objetivo compreender os desafios presentes em uma universidade pública brasileira no que diz respeito à inclusão de um estudante com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), em um curso com abordagem de assuntos STEM (matemática e ciências) a partir do seu ponto de vista. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, com abordagem qualitativa e a utilização da entrevista semiestruturada como instrumento metodológico. Produzimos, a partir desse material, uma narrativa com inspiração na história oral, analisada com referência na inclusão e na legislação vigente no Brasil sobre o autismo. Com esse estudo, buscamos contribuir para o entendimento da participação destes alunos no sistema educacional ao inseri-los no ensino superior. E por que o interesse nessa temática? Durante nosso embasamento teórico foi possível constatar a baixa produção acadêmica acerca da inclusão de alunos universitários com esse diagnóstico, fato que despertou em nós, como pesquisadores, o interesse em nos aprofundarmos neste tema. Sendo assim, construímos um material com informações acerca de elementos em um ambiente universitário que podem contribuir ou dificultar, do ponto de vista do sujeito dessa pesquisa. O estudante também nos relatou viver uma interseccionalidade associada a fatores de influências sociais, como sua raça e orientação sexual, que interfere na maneira em como vive sua deficiência. Além disso, encontramos evidências que contribuíram para o seu aprendizado e desenvolvimento na universidade, como o gerenciamento de tempo, por exemplo, que seria um tempo disponível para o aluno se organizar e executar suas tarefas. Observou-se também sua preferência e conforto em escrever com caneta e a folha na posição horizontal. No entanto, constatou-se que o excesso de ruídos e a falta de previsibilidade no cotidiano universitário são fatores que podem causar estresse, ansiedade e frustração.