Estudo de alterações no número de cópias (CNA) associadas à gênese do carcinoma medular da tiroide

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araujo, Aline Neves [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
RET
CNA
DLK
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5533126
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50208
Resumo: O carcinoma medular da tiroide (CMT) é um tumor maligno originado das células C da tiroide, que pode ocorrer na forma hereditária (20-25%) como parte da síndrome de neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 (NEM 2), ou na forma esporádica (75-80%). Embora o desenvolvimento do CMT hereditário esteja associado a mutações no gene RET nas células da linhagem germinativa, e em 50% dos CMT esporádico são identificadas mutações somáticas no gene RET; é sugerido que outras alterações ou mecanismos genéticos possam estar envolvidas na tumorigênese e progressão do CMT. Objetivo: Investigar a existência de alterações no número de cópias (CNAs) de DNA, relacionadas à gênese do CMT. Métodos: DNA de amostras de CMT (n=3) foram comparados aos seus respectivos sangues pareado (DNA constitutivo) por meio da plataforma Genome-Wide Human SNP Array 6.0. Os dados foram analisados através dos softwares PennCNV e Genotyping Console. As CNAs candidatas relacionadas à gênese do CMT foram validadas pela reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR) nas amostras iniciais, além de terem sido testadas em um grupo expandido CMT (n=51). Os genes presentes nas CNAs validadas tiveram suas expressões avaliadas a nível de RNA mensageiro e proteína, para, possivelmente, identificar genes diferentemente expressos entre tumor e tecido normal. Resultados: A análise do genoma completo permitiu identificar sete alterações presentes em, pelo menos, 2 CMT (de 3). A validação das regiões permitiu confirmar o ganho de duas delas através da análise dos genes DLK1 (14q32.2) e AIFM3 (22q11.21) contidos nas mesmas, que apresentaram ganho no tumor em comparação ao DNA constitutivo (p<0,0001; ambos genes). A análise de expressão sugere que as CNAs sejam funcionais, uma vez que foi observada a superexpressão dos dois genes no tumor em relação ao DNA constitutivo (p<0,0001; ambos), além de ter sido observada expressão proteica de AIFM3 e DLK1 em 89% e 93% dos casos de CMT, respectivamente. Outra detecção do array foi a deleção de regiões sequenciais nos cromossomos 1p e 4q de um dos CMT, em comparação com o DNA constitutivo. A validação de uma dessas regiões por hibridização in situ fluorescente (FISH) confirmou a deleção. Conclusões: Esse estudo identificou duas CNAs de ganho envolvendo os genes AIFM3 e DLK1 como possivelmente envolvidos na tumorigênese do CMT. Além de detectar deleções em 1p e 4q, já descritas, em um dos CMT, reforçando a ideia dessas regiões abrigarem supressores tumorais.