Análise das indicações de dosagem de calcitonina sérica realizada no Hospital das Clínicas de Botucatu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ferreira, Deborah Cristina Goulart
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183109
Resumo: Contexto: O carcinoma medular de tireoide (CMT) é um tumor raro, cujo diagnóstico precoce é extremamente relevante uma vez que sua evolução pode ser bastante agressiva. A dosagem sérica de calcitonina pode indicar o diagnóstico do CMT e é utilizada como marcador da presença de doença durante o seguimento dos pacientes. No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB), a dosagem do hormônio passou a ser realizada em 2008, sendo sua solicitação de livre acesso. Objetivos: Avaliar as solicitações de dosagem de calcitonina sérica no HC-FMB, independentemente do diagnóstico ou procedimento terapêutico realizados. Pacientes e Métodos: Foram avaliadas, retrospectivamente, todas as dosagens de calcitonina realizadas no Laboratório de Análises Clínicas do HC-FMB, no período de setembro de 2008 a junho de 2017. Foram então comparados os casos com calcitonina detectável ou não, aqueles com e sem CMT e os casos com solicitação de dosagem considerada adequada ou inadequada/não informada. Foi ainda quantificado o custo com as dosagens adequadas e inadequadas/não informadas. Resultados: Foram realizadas 1453 dosagens de calcitonina, em 915 pacientes, com concentrações detectáveis que variaram de 2,00 pg/mL a 527,00 pg/mL (mediana= 4,1 pg/mL). A mais frequente justificativa da coleta foi nódulo tireoidiano (73,9%). Dezenove pacientes (2,1%) apresentaram diagnóstico final de CMT. A maior parte dos casos apresentou calcitonina indetectável (82,7%). A maioria dos pacientes com CMT (73,7%) apresentou calcitonina detectável, sendo que 42,1% destes pacientes apresentaram concentrações superiores a 100 pg/mL. A indicação da coleta foi considerada adequada em 772 casos (84,4%) e inadequada/não informada em 143 casos (15,6%). Maiores percentuais de casos com solicitação de dosagem inadequada/não informada apresentaram o hormônio detectável (30,1%). Conclusões: A maior parte dos casos apresentou justificativa adequada para a coleta da calcitonina e a indicação mais frequente foi o nódulo tireoidiano. A maior parte dos casos apresentou o hormônio indetectável e não tinha CMT. Dos poucos casos com o tumor, a maior parte tinha calcitonina detectável. Maiores percentuais de casos com justificativa inadequada/não informada apresentaram calcitonina detectável.