Acidentes na infância e adolescência: frequência, características e fatores relacionados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Filocomo, Fernanda Rocha Fodor [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3145143
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47526
Resumo: Objetivo geral: analisar as ocorrências de acidentes em crianças e adolescentes atendidos em um pronto-socorro pediátrico no Município de São José dos Campos, Estado de São Paulo. Métodos: pesquisa transversal, descritiva, correlacional. Amostra de 2.421 registros de atendimentos de crianças e adolescentes, de zero a 13 anos, que sofreram acidentes no período de 01/09 a 31/12/2013. Resultados: a frequência dos acidentes correspondeu a 12,1%; houve predominância do sexo masculino (62,5%); a faixa etária mais acometida foi a de 10 a 13 anos (33,6%), seguida de cinco a nove (32,1%), de um a quatro (28,2%) e dos menores de um ano (6,1%). O tipo de acidente mais frequente foi queda (48,7%), seguido de contato com objetos (16,5%) e acidente não identificado com lesão indefinida (10,60%). Foi significante a associação de acidentes envolvendo ingestão ou introdução de corpo estranho e faixa etária (p=0,021), sendo a de 1 a 5 anos a de maior ocorrência e tendo como principais agentes envolvidos: moeda (25,4%) e grãos (9,5%). Nas colisões, a maioria das crianças e adolescentes estavam em um veículo automotor e em condições inadequadas quanto ao posicionamento e utilização de equipamento de segurança (30,4%). Verifica-se a associação (p<0,001) entre faixa etária e parte do corpo acometida, em crianças de até um ano de idade, o segmento cefálico/pescoço foi o mais atingido (75,0%), enquanto nos adolescentes de 10 a 13 anos, foram os membros superiores e inferiores (aproximadamente 30,0%). Em relação aos procedimentos intra-hospitalares realizados, observam-se: Raio-X (67,6%), avaliação de um médico especialista (52,7%); imobilização ortopédica (25,9%); tomografia computadorizada (10,5%) e curativo ou sutura (8,5%). A alta foi o desfecho mais ocorrido (84,0%), seguido por observação no próprio pronto-socorro (10,5%), internados em UTI ou enfermaria pediátrica (4,2%) e um caso de óbito. Conclusão: os acidentes tiveram alta incidência, acarretando um impacto para a população e para o setor saúde do município estudado, incluindo número elevado de atendimentos e, por consequência, custo, sem considerar os aspectos emocionais que são incalculáveis.