Hospitalização de crianças e adolescentes em uma Unidade de Terapia Intensiva de referência em trauma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Evaldo Almeida da lattes
Orientador(a): Gomes, Nadirlene Pereira lattes
Banca de defesa: Oliveira, Márcia Maria Carneiro lattes, Santos, Fransley Lima lattes, Sampaio, Elieusa e Silva lattes, Gomes, Nadirlene Pereira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38230
Resumo: As causas externas se constituem um preocupante problema de saúde pública e uma das principais causas de morbimortalidade, sobretudo para crianças e adolescentes. O DATASUS (2020) trouxe que no Brasil, as causas externas, ocuparam a segunda posição dentre a mortalidade de crianças e adolescentes no ano de 2018. Mais de 220 mil hospitalizações, onde muitas destas necessitaram de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) devido à gravidade das lesões ocasionadas pelo agravo. Esta problemática implica na saúde do país, tanto por serem causas previsíveis e evitáveis, quanto pelo ônus que acarretam seja em gastos hospitalares ou por suas consequências e sequelas. Analisar as características das hospitalizações em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de referência em trauma. Caracterizar o perfil clínico-epidemiológico das hospitalizações em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de referência em trauma e identificar os fatores associados à hospitalização em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de referência em trauma. Trata-se de uma pesquisa de corte transversal. O estudo foi realizado em um Hospital Público, no estado da Bahia. A coleta de dados foi realizada através de consulta em prontuários. Os dados foram organizados e tabulados por meio do programa Office Excel, e, posterior análise no Programa Estatístico Statistic Program for Social Sciences (SPSS) versão 25. Após, realizou-se a análise descritiva com a finalidade de caracterizar e identificar as causas de internamento da população do estudo. Para análise bivariada foi utilizado o Qui Quadrado (2) de Pearson e/ou Exato de Fisher para investigar diferenças entre proporções (p<0,05). A pesquisa respeitou todos os preceitos éticos descritos nas resoluções 466/12, 510/16 e 580/18 do Conselho Nacional de Saúde. Serão apresentados por meio de dois manuscritos. O primeiro intitulado “Caracterização das Hospitalizações por Causas Externas em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica” traz que a maioria das hospitalizações ocorreu por queimaduras (24,3%), quedas (22,3%), acidentes de trânsito (20,4%) e violência (10,5%). O segundo, “Fatores Associados à Hospitalização de Crianças e Adolescentes em uma Unidade de Terapia Intensiva” evidenciou que 68% das crianças e adolescentes foram admitidas vítimas de causa externas. Realizou ainda uma análise bivariada, onde foi associada à procedência de outros municípios (p<0,001), a faixa etária de 1-4 anos (p=0,020), o sexo masculino (p=0,032), o tempo de internação de até sete dias (p<0,001) e a alta como desfecho (p=0,035). No modelo final da análise multivariada, foram significantes: procedência de outros municípios (p<0,001) e tempo de internação de até sete dias (p<0,001). O estudo mostrou que meninos, com idade de um a quatro anos, residentes no interior estão mais propensos à hospitalização por causas externas, embora com desfecho positivo relativo à alta hospitalar e ao tempo de internamento inferior a sete dias. Também que as queimaduras, as quedas, os acidentes de trânsito e a violência constituem os principais tipos de agravos que levam crianças e adolescentes a precisarem de um cuidado intensivo em unidade de terapia intensiva, evidenciando a prevalência de causas externas em uma amostra dessa população no estado da Bahia.