Consumo de refrigerantes e sucos artificiais por pré-escolares brasileiros em 2006

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vega, Juliana Bergamo [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2694706
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47839
Resumo: Objetivo: Identificar a prevalência e fatores associados ao consumo de refrigerantes e sucos artificiais entre pré-escolares brasileiros em 2006 e os fatores demográficos, socioeconômicos e nutricionais que se associam a este consumo. Métodos: Foram utilizados dados de 2881 crianças entre 24 a 59 meses de idade oriundos da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher de 2006. As análises foram feitas considerando três categorias de consumo de refrigerantes e sucos artificiais: infrequente (< ou = 1 dia por semana), regular (2-3 dias por semana) e frequente (> ou = 4 dias por semana). Nas análises descritivas utilizou-se o teste qui-quadrado considerando significativos valores de p<0,05. Nas análises multivariadas optou-se por utilizar o modelo de regressão logística multinomial. Foram consideradas elegíveis para inclusão no modelo de regressão múltipla as variáveis com p<0,20 na associação para categoria "consumo frequente". A estratégia adotada para ordem de inclusão das variáveis no modelo foi o "stepwise forward". Permaneceram no modelo final as variáveis com p<0,05 na categoria de interesse "consumo frequente". Resultados: Entre os pré-escolares, 37,3% consumiram refrigerantes e sucos artificiais 4 dias por semana ou mais. Os fatores que se associaram ao consumo das bebidas açucaradas foram: residir em regiões de maior desenvolvimento econômico do país (OR 2,13; IC95% 1,66-2,72), em áreas urbanas (OR 1,81; IC95% 1,39-2,34), pertencer ao estrato de maior poder aquisitivo (OR 1,44; IC95% 1,15-1,81), mães que assistiam TV regularmente (OR 1,90; IC95% 1,35-2,68) e excesso de peso da criança (OR 1,41; IC95% 1,02-1,99). Conclusões: O consumo de refrigerantes e sucos artificiais apresenta-se como um provável erro alimentar por se associar ao excesso de peso. A associação entre o consumo deste tipo de bebidas e as variáveis socioeconômicas e demográficas permite a identificação do perfil de crianças que necessitam de intervenções educacionais que desestimulem este hábito. Novos estudos são necessários para a melhor compreensão da contribuição das bebidas açucaradas na epidemia de obesidade infantil.