Queixas de sono e achados polissonográficos: um estudo com os trabalhadores em turnos de usinas nucleares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Paim, Samantha Lemos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/10000
Resumo: Os trabalhadores em turnos das usinas nucleares devem manter um alto desempenho e atenção ao longo do seu turno. No entanto, encontra-se consolidado na literatura que os distúrbios do sono podem prejudicar a atenção e o desempenho dos trabalhadores que são submetidos a diferentes horários de sono. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever as queixas subjetivas sobre o sono e os parâmetros polissonográficos dos trabalhadores em turnos das usinas nucleares brasileiras. Método: Foi realizada uma avaliação subjetiva com a aplicação do Questionário UNIFESP do sono, no qual os trabalhadores que relataram alguma queixa referente ao sono, foram encaminhados para a realização de uma avaliação polissonográfica noturna. Resultados: Dos 327 trabalhadores que responderam ao questionário, 113 relataram queixas de sono; sendo estes também mais velhos, com um maior IMC e que trabalhavam por turnos há mais tempo, quando comparados aos sem queixas de sono. Dentre os 113 que apresentaram queixas e que foram encaminhados para a polissonografia, 90 apresentaram alterações no sono, apresentando como resultado uma maior proporção no estágio 1, um maior índice de microdespertares, um maior índice de apnéia e de hipopnéia e um maior índice de movimento das pernas, quando comparados com os demais. Destes, 18 (20%) apresentaram movimentos periódicos de pernas, 30 (33%) foram considerados como tendo apnéia, e 42 (47%) apresentaram estas duas condições combinadas. A maioria dos casos foi considerada como de grau leve. Conclusões: De maneira geral, os dados do presente estudo corroboram com os já evidenciados na literatura os quais mostram que, subjetivamente (no questionário), os trabalhadores em turnos apresentam queixas de sono. E com a polissonografia xi ii foi constatado que além de queixas a grande maioria dos trabalhadores apresenta índices preditores de distúrbios do sono. As porcentagens encontradas são próximas às da população em geral, mas é importante ressaltar que estas queixas influenciam diretamente para uma diminuição da qualidade de vida destes trabalhadores bem como, no que diz respeito ao desempenho e o aumento do risco de acidentes durante a jornada de trabalho.