Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cassão, Bianca Cristina [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68660
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Resumo: |
Introdução: O Kidney Donor Profile Index (KDPI) foi introduzido em 2014 e modificou o sistema de alocação de órgãos nos Estados Unidos. Valores de KDPI acima de 85% estão associados a piores desfechos no pós transplante. No Brasil com o envelhecimento populacional e o aumento da prevalência de paciente renais crônicos em hemodiálise e o maior tempo em permanência na fila de transplante, tem-se utilizado cada vez mais doadores com KDPI elevados. Considerando que o KDPI foi baseado em dados de doadores dos Estados Unidos existe a necessidade de avaliar o impacto do escore nos desfechos relacionados ao transplante renal quando utilizados os dados dos doadores brasileiros. Objetivo: Validação do escore KDPI para a população brasileira com avaliação de sobrevida do enxerto em 5 anos de transplante. Metodologia: Este estudo do tipo coorte histórica, de centro único, incluiu 2670 receptores de rins realizados de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2015. Foram excluídos transplantes com doador vivo (n 649), pediátricos (n 147) e aqueles com outro órgão simultâneo (n 67), totalizando 1807 transplantes doador cadáver que foram seguidos por 5 anos. Os receptores foram divididos em 3 grupos, conforme faixas de KDPI do órgão doado (0-35%; 36-85%; 86-100%). Para analise estatística foi utilizado o modelo de regressão logística para análise de múltiplas variáveis. Resultados: Os doadores foram estratificados em três grupos, de acordo com a faixa de KDPI. Destes 36,1% eram doador de critério expandido e 26,6% tinham KDPI ≥85%. Aos 5anos de transplante os receptores de doadores com KDPI< 35% possuíam TFGe medianos de 41,1 ml/min/1,73m2 e com KDPI> 85% 17,1 ml/min/1,73m2. A incidência de perda do enxerto foi de 16,0% e progressivamente maior conforme maior a faixa de KDPI: 9,9% para 0-35%, 15,1% para >35-85% e 22,1% para >85% (p<0,001). Em relação a sobrevida do enxerto ao final de 1 e 5 anos, quanto menor o KDPI, maior a sobrevida, respectivamente de 97,3% e 82,3% na faixa de KDPI 0-35%, 91,5% e 75,8% na faixa >35-85% e 90,1% e 68,0% na faixa >85% (p <0,001). O KDPI apresentou uma baixa capacidade discriminatória para avaliar a sobrevida do enxerto ao fim de 5 anos de transplante, com área sobre a ROC de 0,575 (IC95% = 0,544-0,606; p<0,001). O mesmo padrão foi observado quando o desfecho considerado foi a perda do enxerto, censurada para o óbito, com área sobre a ROC de 0,580 (IC95% = 0,544-0,617; p<0,001). Conclusão: O impacto gradual do KDPI no resultado do enxerto o torna uma ferramenta útil na tomada de decisão no momento da oferta de rim de doador falecido, entretanto o KDPI apresentou uma baixa capacidade discriminatória para perda do enxerto, assim como quando censurada para o óbito. Levando-se em conta que na prática clinica a utilização de rins com KDPI maior do que 85% é crescente, torna-se relevante o conhecimento da aplicabilidade do índice em nossa população brasileira, portanto sua validação, e sugere possíveis ajustes das variáveis e pontuados para cada perfil de doador em uma população específica |