Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Picolli, Ana Clara Gomes [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71045
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Resumo: |
A literatura aponta para um crescente processo de psiquiatrização de adolescentes acusadas/os de cometer ato infracional. Esse processo é definido como a predominância dos saberes e fazeres “psi” na gestão de conflitos que a juventude coloca ao campo social e se manifesta através da elevada produção de diagnósticos e do uso generalizado de medicação psicotrópica com adolescentes que se apresentam resistentes aos projetos e rotina de unidades socioeducativas. O presente estudo se propõe a conhecer e analisar os encaminhamentos de adolescentes que cumprem medida socioeducativa ao CAPS AD IJ Tô Ligado de Santos/SP, no sentido de analisar e discutir, junto a profissionais do serviço, o processo de psiquiatrização dessas/es adolescentes, bem como, os desafios, as contradições, potências e possibilidades de cuidado em saúde mental no CAPSij. Parte-se da hipótese que esses encaminhamentos coadunam com o processo de psiquiatrização de adolescentes e tendem a não contextualizar e problematizar as condições sociais dessa juventude que é historicamente punida e criminalizada. Para isso foi realizado uma sessão de Grupo Focal com profissionais do CAPS AD IJ Tô Ligado. A partir do Grupo Focal foram construídas três categorias utilizadas como unidades de análise, sendo elas: diálogo e construção de um trabalho intersetorial; percepções sobre adolescentes que cumprem medida socioeducativa; e potências do cuidado em saúde mental no CAPSij. Utiliza-se da concepção marxista interseccional para análise da pesquisa de campo. Observa-se a reprodução do processo de psiquiatrização em alguns encaminhamentos, principalmente de adolescentes privadas/os de liberdade. O CAPSij mostra-se um espaço potente no sentindo de enfrentar a patologização e psiquiatrização de adolescentes, bem como na produção de cuidado em saúde mental. |