Alterações inflamatórias nos estados de ultra-alto risco para psicose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gama, Maiara Zeni Graiff [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4996748
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50103
Resumo: Introdução: Existem evidências de que indivíduos em alto risco de desenvolver esquizofrenia possam ter alterações no sistema imunológico, evidenciadas por aumentos de marcadores pró-inflamatórios observáveis tanto no cérebro quanto na periferia. No entanto, pouco se sabe sobre as alterações imunológicas em indivíduos em estados mentais de risco (EMR) para esquizofrenia. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar os níveis séricos de citocinas pró e anti-inflamatórias em indivíduos em EMR, comparando-os com os de controles saudáveis. Método: Para isso, foi realizado um estudo transversal comparando-se dois grupos: 12 pacientes em EMR e 16 voluntários saudáveis. Todos os sujeitos foram submetidos à entrevista psiquiátrica padronizada. A avaliação diagnóstica foi realizada através da aplicação da SCID-I (Structured Clinical Interview for DSM-IV, Axis I), Global Assessment of Functioning (GAF), Montgomery-Åsberg Depression Rating Scale (MADRS), e Childhood Trauma Questionnaire. Foi realizada uma coleta de sangue para análise de citocinas (Interleucina (IL)-2, IL-4, IL-6, IL-10, Fator de Necrose Tumoral (TNF), (Interferon)-IFN-γ e IL-17) presentes no soro dos pacientes. Os níveis desses biomarcadores foram determinados pela técnica de citometria de fluxo. Resultado: Comparado com o grupo controle saudável, os pacientes em EMR apresentaram níveis aumentados de IL-6 (Z = -2.370, p = 0.018) e níveis diminuídos de IL-17 no soro (Z = -1.959, p = 0.050). Os níveis de IL-17 foram positivamente correlacionados com os valores da GAF Sintomas (rho = 0,632, p = 0,028). Conclusão: Os resultados desse estudo sugerem que os desequilíbrios imunológicos podem estar presentes nas fases iniciais da psicose, incluindo em estágios em risco. As diferenças observadas entre os grupos nesse estudo abrem caminho para novas pesquisas sobre a patofisiologia da esquizofrenia, desenvolvendo novas e mais eficazes estratégias terapêuticas.