Efeito do exercício de ultra endurance sobre as reservas de glicogênio intramuscular e a expressão da proteína AMPK em ratos treinados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Tarini, Victor Alexandre Ferreira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21676
Resumo: Durante o exercício dinâmico, as demandas de trifosfato de adenosina (ATP) aumentam significativamente e a sua reposição ocorre pelo catabolismo do glicogênio e ácidos graxos. Os efeitos do exercício sobre as reservas de glicogênio intramuscular já foram amplamente estudados. Porém, não se tem conhecimento sobre os efeitos do exercício de ultra endurance sobre o seu metabolismo. Nas últimas décadas a proteína AMPK tem sido descrita como um sensor das variações nas reservas de energia, sendo diretamente afetada pela contração muscular. O objetivo do presente estudo foi de verificar os efeitos do exercício de ultra endurance sobre as reservas de glicogênio muscular (GM) e a expressão da proteína AMPK. Métodos: vinte e quatro ratos wistar, machos, foram divididos aleatoriamente em 4 grupos (sedentário S=6, sedentário exaustão SE=6, treinado T=6 e treinado exaustão TE=6), onde T e TE correram progressivamente numa esteira rolante por 1,5 h/dia, 5d/semana durante 12 semanas (60% da Vmáx). Ao final SE e TE foram submetidos a um exercício de ultra endurance (60% de Vmáx) até a exaustão. O gastrocnêmio de ambas as patas foram retirados para análise do glicogênio por método colorimétrico e pela densidade ótica. A expressão gênica e protéica foi determinada por RT-PCR real time e por western blotting respectivamente. Resultados: Os grupos SE e TE apresentaram depleção significativa das reservas de GM (S =0,213 ± 0,003; T =0,203 ± 0,007; SE =0,031 ± 0,006; TE =0,028 ± 0,006 mg/g proteina) (p<0,001). O glicogênio hepático apresentou diferença significante nos grupos T e TE (S= 1,157 ± 0,09, SE= 1,002 ±0,05, T= 1,533 ± 0,05 e TE=1,037 ± 0,05) (p<0,05). O grupo TE apresentou diminuição significativa na glicemia (S=90,43 ± 2,47, SE=85,75 ± 3,18, T=84,84 ± 2,19 e TE=76,02 ± 5,60) (p<0,05). A expressão proteíca da AMPK aumentou em T e TE(p<0,05). Porém, a expressão gênica aumentou somente em TE (p<0,05). Conclusão: O exercício de ultra endurance depletou as reserva de GM predominantemente nas fibras musculares do tipo I. O treinamento de forma isolada afetou positivamente a expressão protéica da AMPK. Sendo mais evidente quando somado o fator exaustão.