Digitoxina aumenta a sobrevida de ratas portadoras de insuficiência cardíaca consequente ao infarto do miocárdio de grandes dimensões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Helber, Izo [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24142
Resumo: Objetivo Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é o maior preditor de mortalidade entre as doenças cardíacas. Este trabalho foi conduzido para analisar, pela primeira vez, se a digitoxina afeta a sobrevida de ratos com ICC que se segue ao Infarto do Miocárdio. Material e métodos e Resultados Durante período de observação de 280 dias, foi avaliada a influência da administração de digitoxina (0,1 mg/100 g/dia, via oral) na sobrevida de ratas fêmeas (n = 170) infartadas e randomizadas em dois grupos: Controle (C: n = 85) ou Digitoxina (D: n = 85). A sobrevida média foi de 235 ± 7 dias (95% IC: 220 to 249) em C e 255 ± 5 dias (95% IC: 244 to 265) em D; o teste logrank aproximou-se dos limites da significância (p = 0,0602). A digitoxina não afetou a sobrevida de ratos com ICC dependente de Infarto do Miocárdio (IM) < 40% do ventrículo esquerdo, mas prolongou a sobrevida de ratos com IM ≥ 40%. Morte foi observada em 56% de C ≥ 40% e em 34% de D ≥ 40%. O teste logrank caracterizou maior mortalidade em C (p = 0,0161), com razão de risco igual a 2,03. ICC foi identificada em todas as ratas que faleceram. O teor de água do pulmão e a mecânica miocárdica – analisada em músculo papilar – foram analisadas em C (n = 7) e D (n = 14). Diferenças significantes foram observadas (x±epm) no teor de água do pulmão (C: 82 ± 0,4; D: 80 ± 0,3%; p = 0,0014), tensão desenvolvida (C: 2,7 ± 0,3; D: 3,8 ± 0,3 g/mm2 ; p = 0,0286) e em sua primeira derivada temporal (C: 24 ± 3; D: 39±4 mg/mm2 /s; p = 0,0109). A depressão da contração pós-pausa foi atenuada em D. Conclusões: A administração por período prolongado de digitoxina reduziu marcadamente o comprometimento miocárdico após Infarto do Miocárdio, atenuou a disfunção miocárdica, reduziu a congestão pulmonar, fornecendo a primeira evidência da eficiência da digitoxina em prolongar a sobrevida na Insuficiência Cardíaca experimental.