Inserção profissional: um olhar para a formação de professoras de bebês e crianças bem pequenas, em tempos de retrocessos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: André, Sheilla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69603
Resumo: Esta pesquisa investigou como ocorre a inserção de egressas de cursos de Pedagogia que trabalham como professoras de bebês e crianças bem pequenas, na etapa de zero a três anos de idade, em creches municipais de Guarulhos e como se dá o desenvolvimento dessas profissionais nesse período. O referencial teórico apoiou-se em autores e autoras que problematizam a inserção profissional, a formação de professoras e o desenvolvimento profissional docente: André (2015), Cunha (2015), Lima (2004), Imbernón (2004, 2009), Garcia (1999, 2009), Nóvoa (2009; 2023), Roldão (2017) e outros. Para discutir sobre as concepções que abordam o trabalho pedagógico nas creches, referenciou-se em Gonzales-Mena (2014;2015), Mózes (2016), Pikler (2012), Tardos (1992; 2010), Freire (2003), Kuhlmann (2000), Vygotsky (2017) e Winnicott (1964), dentre outros. A pesquisa teórico-empírica, de abordagem qualitativa, desenvolveu-se em três escolas municipais de Guarulhos (EPG). A produção de dados deu-se de três formas: questionário, para a construção de um perfil das egressas dos cursos de Pedagogia em período de inserção profissional; entrevistas semiestruturadas, realizadas com três professoras selecionadas, após a análise dos questionários; e registro fotográfico, para análise de cenas durante as práticas de cuidados nos momentos de interação entre as professoras e os bebês e crianças de zero a três anos de idade. A análise dos dados foi organizada de acordo com as categorias: contexto; experiência profissional; formação em serviço; e inserção profissional. E, ainda, conforme as subcategorias: planejamento; estrutura organizacional; desafios no trabalho; desenvolvimento; inserção profissional; e formação em serviço. Os resultados confirmaram a necessidade de que os gestores das escolas conheçam o processo de inserção das professoras nas EPG e acompanhem o desenvolvimento dessas docentes nos seus primeiros anos de atuação. Indicaram, ainda, que é preciso dominar os conceitos que envolvem os cuidados no dia a dia das creches, pois esse conhecimento fará diferença para o desenvolvimento dos bebês e das crianças pequenas, e, também, dará suporte às professoras ingressantes, para que possam realizar o trabalho em condições adequadas. Considerando esse aspecto, para as professoras que exercem docência com crianças de zero a três anos de idade, e que estiverem em período de inserção profissional, deve ser implementada uma formação específica. A Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos deveria responsabilizar-se pela continuidade da formação dessas professoras, haja vista esta pesquisa ter averiguado que o trabalho formativo realizado não tem alcançado as necessidades profissionais das docentes nem as necessidades de desenvolvimento das crianças. Considera-se como um caminho possível o estabelecimento de parcerias com universidades e seus centros de pesquisas, para o desenvolvimento de programas e projetos que sustentem a formação dessas professoras que trabalham com a primeira infância nas EPG de Guarulhos. A formação sugerida abrangeria o período de inserção profissional nas escolas e continuaria ao longo do desenvolvimento profissional docente.