Distúrbios de comportamento em crianças e adolescentes com dermatite atópica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Moraes, Marília Magalhães [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67497
Resumo: Introdução: A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória cutânea crônica caracterizada por prurido e lesões eczematosas recorrentes. Observa-se alta prevalência de depressão, ansiedade e distúrbios do sono em adultos e crianças acometidos. Objetivos: Avaliar a competência social, prevalência e o padrão dos distúrbios comportamentais de crianças e adolescentes com DA, assim como a influência de dados clínicos, como a gravidade da DA, nos distúrbios comportamentais. Métodos: Estudo unicêntrico e transversal, com pacientes entre 6 e 18 anos diagnosticados com DA. Avaliação de competências e triagem dos distúrbios de comportamento foram realizados pela aplicação do Child Behavior Checklist 6-18 (CBCL 6-18). A gravidade da DA foi mensurada pelo Eczema Score and Severity Index (EASI escore). Resultados: Foram avaliados 100 pacientes com DA, 56% do sexo masculino, com média de idade 11  3 anos e 43% com DA moderada a grave. A competência social total foi limítrofe ou alterada em 75% dos pacientes; perfil internalizante foi observado em 57%, externalizante em 27%, com agressividade em 18%. Na escala guiada pelo DSM foi identificado escore borderline ou alterado em 37% para problemas depressivos e em 38% para problemas de ansiedade. Na comparação com o grupo com DA leve houve prevalência significantemente maior de comportamento agressivo e distúrbios do sono no grupo com DA moderada/grave. Na avaliação do subgrupo de pacientes com uso atual ou prévio de imunossupressor/imunibiológico, observou-se diferença estatisticamente significante no item competência social, com escore normal em 83,1% dos pacientes sem uso atual ou prévio destas medicações, sendo 53% o percentual de invivíduos com competência social normal no subgrupo que não utilizou imunossupressor/imunobiológico(p=0,012). Em relação às questões críticas, 8% respondeu afirmativamente em relação a suicídio. Conclusão: Foi encontrada elevada frequência de distúrbios de comportamento entre crianças e adolescentes com DA, com predomínio do perfil internalizante, especialmente ansiedade e depressão. Crianças com DA moderada/grave apresentaram maior prevalência de agressividade e distúrbios do sono, enquanto aqueles com uso atual ou prévio de imunossupressor/imunobiológico tiveram maior comprometimento social. Esses ix achados corroboram para a importância da equipe multidisciplinar, incluindo profissionais da saúde mental, no cuidado do paciente com DA. Descritores: Dermatite Atópica, Transtornos do comportamento infantil, saúde da criança.