Revisão sistemática e metanálise de escleroterapia no tratamento de úlceras venosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza-Moraes, Marcelo Rodrigo de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65787
Resumo: Objetivo: revisão sistemática de ensaios clínicos controlados e randomizados que avaliaram a eficácia da escleroterapia em comparação com outros métodos no tratamento da úlcera venosa. Método: dois revisores independentemente pesquisaram as bases de dados eletrônicas, avaliaram os títulos, resumos de todos os estudos identificados pelos critérios definidos na estratégia de busca que incluíam doentes portadores de úlcera venosa e as diversas formas de tratamento como compressão isolada, cirurgia convencional, termoablação e ligadura subfascial endoscópica de perfurantes. Os estudos pertinentes foram avaliados em seus textos completos e incluídos para análise estatística da revisão. Resultados: foram identificados 4 estudos, somando 156 participantes, que atenderam os critérios. Dois estudos compararam a escleroterapia com a cirurgia e dois com o tratamento compressivo isolado. As taxas de cicatrização foram melhores nos grupos que utilizaram intervenção, escleroterapia ou cirurgia, sem diferença estatística: HR: 0,87, CI: 0,69 a 1,08 (P=0,21). A escleroterapia foi superior nos trabalhos que utilizaram apenas compressão, HR: 2,83, CI: 1,77 a 4,53 (p<0,0001). A heterogeneidade foi alta, particularmente na comparação com a compressão Chi2 = 14,65 (I2 = 93%) e pouco menos com a cirurgia, Chi2 = 2,87 (I2 = 65%). O risco de viés nos trabalhos selecionados foi de moderado a alto, refletindo na qualidade da evidência que segundo o GRADE foi baixa para todas as comparações. Conclusão: a escleroterapia se mostrou tão eficiente quanto a cirurgia, e com taxas de cicatrização superiores ao tratamento compressivo isolado. Entretanto estes dados são suportados por evidência de baixa certeza, sendo necessários trabalhos com metodologia mais apurada para confirmação do resultado.