Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Tadeu Renato Botton [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72269
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Resumo: |
Essa pesquisa movimenta uma análise de textos caligráficos inventados por Arnaldo Antunes e pela artista visual Sylvia Amélia. Para tanto, põe em cena as fronteiras borradas entre a palavra escrita e a pintura (ou desenho)na poesia visual. Nesse sentido, a pesquisa reflete sobre os modos como cada artista-escritor(a) trabalha suas escritas como resultado de um corpo inteiro presente no ato de invenção, em alguns casos com abstração completa de uma semântica reconhecível. Para fins de análise comparativa, cotejam-se o catálogo da exposição Palavra em movimento (2015), a antologia e os livros Como é que chama o nome disso (2006) − ambos de Arnaldo Antunes; e o livro Manuscorte, de Sylvia Amélia (2019).A base teórica desta pesquisa está centrada no diálogo com as teorias apresentadas por Roland Barthes e Ana Hatherly. Em sua publicação póstuma, intitulada Variações sobre a Escrita, Barthes propõe o conceito de escrição como o ato muscular de grafar um texto em uma superfície: escrever, para ele, passa a ser um ato que se dá quando feito à mão, mobilizando nesse gesto corpos de leitores e de escritores. Por sua vez, a poeta portuguesa Ana Hatherly colocou-se sempre como uma artista-pesquisadora, desenvolvendo uma investigação sobre as origens da poesia visual (texto-imagem) para pensar seu próprio trabalho e o de seus companheiros da Poesia Experimental Portuguesa. Em ambos os téoricos, é inegável o interesse em discutir a escrita (a poiética), não só pelo material com o qual é feita (palavras), mas igualmente como mancha gráfica, palavra como materialidade. Espera-se que essa pequisa contribua com a ampliação dos estudos sobre poesia visual (principalmente as caligrafias), a presença do corpo na performance da escrita, e as relações entre a Literatura e outras artes. |