O efeito do treinamento auditivo na autopercepcão da qualidade vocal de profissionais da voz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mesquita, Loriane Gratão de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23123
Resumo: Objetivo: Verificar o efeito do processo de fonoterapia vocal convencional isolada e combinada com treinamento auditivo no aprimoramento da autopercepcao vocal em profissionais da voz com diagnostico de disfonia funcional e organofuncional. Metodo: Foram selecionados 12 jovens adultos profissionais da voz falada, dos sexos masculino e feminino, na faixa etaria de 18 a 45 anos com diagnostico otorrinolaringologico de disfonia funcional e organofuncional. Esses jovens foram sorteados e reunidos em tres grupos: quatro individuos que participaram da abordagem de intervencao vocal, denominado grupo intervencao vocal, (GI); quatro individuos que participaram da intervencao vocal combinada com um treinamento auditivo, denominado grupo intervencao combinada (GC). Quatro individuos foram selecionados para o grupo denominado sem intervencao (GS). Para a avaliacao e reavaliacao vocal de todos os individuos foram utilizados o Questionario de Qualidade de Vida em Voz (QVV), Escala Analogica Visual (EAV), escala numerica para avaliacao perceptivo-auditiva da qualidade vocal abreviado GRBASI-G; Protocolo de Avaliacao Vocal e o de gravacao da voz. Para a avaliacao e reavaliacao do Processamento Auditivo Central foram utilizados: Teste Dicotico de Digitos- TDD, Teste de Padrao de Frequencia- TPF, Teste Random Gap Detection u RGDT. Os dados foram analisados estatisticamente com testes nao parametricos e nivel de significancia de 0,10 por conta do tamanho da amostra. Resultados: Verificamos que a intervencao combinada propiciou melhora significante (p=0,068) no que diz respeito a ordenacao (TPF-N) e a resolucao temporal (RGDT). Apos a intervencao, os individuos que receberam a intervencao isolada e combinada com o treinamento auditivo relataram melhora significativa (p=0,068) da autopercepcao de vocal. Houve discordancia entre as escalas GRBASI-G e EAV no julgamento da melhora da qualidade vocal dos avaliadores e do julgamento da melhora vocal dado pelos individuos. Na avaliacao perceptivo-auditiva da qualidade vocal no momento pos-intervencao, os individuos do grupo GI e GC melhoraram a qualidade vocal, assim como na analise realizada para a melhor voz. Ocorreu melhora do tempo maximo de fonacao pos-intervencao vocal isolada e combinada mostrando melhora na coordenacao pneumofonoarticulatoria e provavelmente da coaptacao glotica independente da inclusao do treinamento auditivo na abordagem da terapia. Conclusao: A intervencao vocal combinada com treinamento auditivo teve impacto positivo na autopercepcao da qualidade vocal de individuos profissionais da voz que apresentavam disfonia funcional ou organofuncional e mostrou-se efetiva no aprimoramento da habilidade auditiva de resolucao temporal