Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Annelyse de Araújo [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69537
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Resumo: |
Introdução: A Artrite Relacionada à Entesite (ERA) é um subtipo de Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) caracterizado por início insidioso de artrite e/ou entesite que ocorre principalmente em pré-adolescentes e adolescentes do sexo masculino. O envolvimento axial se apresenta como lombalgia inflamatória ou sacroiliíte, porém existem poucos dados sobre as características do acometimento da coluna vertebral e o aparecimento de neoformação óssea. Objetivos: Avaliar a neoformação óssea radiográfica de quadris, sacroilíacas e coluna vertebral de pacientes com AIJ ERA em diferentes faixas etárias, bem como identificar os fatores de risco associados. Além disso, analisar a mobilidade e função das articulações axiais e periféricas, atividade de doença e a relação entre a entesite diagnosticada clinicamente com os achados ultrassonográficos neste grupo de pacientes. Metodologia: Em um estudo de coorte transversal com 26 pacientes com idade até 35 anos, foram analisados dados demográficos, clínicos e laboratoriais coletados do prontuário. Instrumentos específicos para avaliação de atividade de doença (BASDAI, ASDAS), função (BASFI, HAQ-S), mobilidade (BASMI) e presença de entesite (MASES) foram realizados por duas reumatologistas pediátricas de forma independente. As radiografias de quadris, coluna vertebral e sacroilíacas foram avaliadas por um reumatologista de forma cega. A US de quadris e de ênteses (MASEI) foi realizada por radiologista de forma cega. Resultados: Dos pacientes avaliados, 76.9% eram homens, com média de idade ao diagnóstico de 11,9 anos e média de idade na avaliação do estudo de 19,7 anos. A artrite foi encontrada em 19,2% dos pacientes, limitação articular em 50% e entesite em 23%. O valor médio do BASMI foi de 2,2. A média do teste de Schöber foi de 14,2 cm e do teste de Schöber modificado 21,4 cm. O teste de Fabere foi alterado em 16% dos pacientes. 73,1% dos pacientes preencheram os critérios de Nova Iorque modificados para classificação de EA. Em 15,4% dos pacientes foi observado comprometimento radiográfico dos quadris ≥ grau 3. Houve pouco comprometimento da coluna vertebral através do mSASSS (P25-P75: 0-4,2) e, apenas, dois pacientes apresentaram sindesmófitos, ambos com idade acima de 25 anos. Foram encontradas associações entre presença de neoformação óssea de quadris ou coluna vertebral com valores de teste de Schöber modificado (p=0,042), teste de Fabere alterado (p=0,035) e BASMI (p=0,003). Oito pacientes apresentaram US de quadris alterada (30,8%). O índice de MASEI foi de 12 (P25-P75:6-17). A presença de neoformação óssea de quadris e/ou coluna vertebral não se associou com achados de US. Conclusão: Observou-se associação entre neoformação óssea de quadris e/ou coluna vertebral com a presença de teste de Fabere, com valores menores de teste de Schober modificado e com valores maiores de BASMI. Nesta coorte de pacientes com AIJ ERA, o comprometimento de coluna vertebral foi pouco frequente, sugerindo um fenótipo clínico axial diferente daquele observado em adultos com espondilite anquilosante. |