Atividade física e qualidade de vida de crianças e adolescentes com Artrite Idiopática Juvenil (AIJ), Lupus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ) e Dermatomiosite Juvenil (DMJ) durante a pandemia de COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Renata Pereira Soares [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69485
Resumo: Introdução: De um modo geral, as crianças com Doenças Reumáticas Imunomediadas realizam menos atividades físicas do que as crianças saudáveis da mesma idade. Nossa hipótese para a realização de estudo é que a pandemia do COVID-19 pode ter agido como um fator de piora desta realidade, levando a um impacto negativo na saúde física e mental das crianças e adolescentes. Objetivos: Primário: Avaliar o nível de atividade física de crianças e adolescentes com DRIM (AIJ, LESJ e DMJ) ao longo da pandemia de COVID-19. Secundário: Avaliar a qualidade de vida relacionada a saúde e a fadiga de crianças e adolescentes com DRIM. Métodos: Neste estudo descritivo transversal, foram incluídos 57 crianças e adolescentes (19 pacientes com AIJ, 19 pacientes com LESJ e 19 pacientes com DMJ), entre 7 e 17 anos. Todos os pacientes eram acompanhados regularmente no serviço de Reumatologia Pediátrica da UNIFESP, estavam estáveis do ponto de vista clínico (sem atividade da doença) e não apresentavam queixas gerais de saúde que impedissem qualquer tipo de atividade física. O grupo controle foi composto por crianças saudáveis. Os dados foram colhidos durante o período de isolamento social, enquanto as escolas, parques, clubes estavam fechados. Os instrumentos utilizados para as avaliações foram o questionário internacional de atividade física (IPAQ), o Pediatric Quality of Life Inventory 4.0 (PedsQL 4.0) e o Pediatric Quality of Life Inventory – Módulo Fadiga (PedsQL – Módulo Fadiga). Resultados: foram considerados ativos (IPAQ), 68,5% dos pacientes e 79,3% dos controles. Sem diferença estatística entre os grupos (p = 0,338). Também não observamos diferenças entre a intensidade de atividade física entre os dois grupos (p = 0,155). Com relação a atividade física vigorosa observamos que 70,7% dos controles saudáveis tiveram esse comportamento em algum momento; por outro lado, nenhum paciente com DRIM esteve nesse grupo. (p=0,042). Em relação aos escores do PedsQL 4.0, observamos scores mais baixos nos domínios físico, social e escolar para os pacientes (p=0,002, p=0,056, e p <0,001, respectivamente). Com relação ao questionário PedsQL – Módulo Fadiga, observamos que os pacientes apresentaram maiores níveis de fadiga sob o ponto de vista dos pais e cuidadores. Conclusão: Os níveis de atividade física de crianças e adolescentes com DRIM, ao longo da pandemia do COVID-19 foram adequados; a maioria dos pacientes foram considerados como ativos pelo questionário IPAQ. Além disto, os nossos pacientes realizaram atividades físicas moderadas e leves, de maneira semelhante aos controles saudáveis. Com relação à QVRS, os nossos dados mostraram que os pacientes apresentaram escores mais baixos na maioria das dimensões do PedsQL 4.0 e do PedsQL – Módulo Fadiga, achado este já descrito em outros estudos em períodos fora da pandemia.